Francesa Fnac vende suas 12 lojas para a Livraria Cultura

Sem revelar valores, a septuagenária livraria da família Herz anuncia ter adquirido a totalidade da operação da rede francesa no Brasil

Redação DC
19/Jul/2017
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Francesa Fnac vende suas 12 lojas para a Livraria Cultura

Terminou a novela. Embora tenha negado, em março passado, que deixaria o País, e estava em busca de uma  parceria, a subsidiária brasileira da francesa Fnac vendeu suas 12 lojas e site para a tradicional Livraria Cultura, fundada há 70 anos e ainda sob controle da família Herz.

Com faturamento de R$ 380 milhões em 2016, a Livraria Cultura emprega 1,3 mil funcionários em suas 18 lojas localizadas 12 estados.

Sem informar os valores envolvidos, as duas empresas confirmaram em nota a negociação, que deverá ser finalizada nos próximos dias.

A Fnac chegou ao Brasil em 1998, quando adquiriu os ativos da Ática Shopping Cultural. A rede francesa planejava uma expansão meteórica, o que acabou não se concretizando. O desempenho por aqui foi considerado fraco, respondendo por menos de 2% da receita total do grupo

Para tentar incrementar suas vendas, a rede mudou o formato de suas lojas – que foi reduzido –, além do portfólio de produtos. 

A crise financeira no País e a concorrência com as vendas de livros pela internet acabaram afetando a expansão da rede e de outras livrarias.

À época, a Fnac informou ainda que "a operação brasileira precisa ter um tamanho crítico no sentido de ser relevante e reforçar sua posição de mercado". 

Segundo um comunicado divulgado na tarde desta quarta (19/07), "a união entre os dois grupos criará valores e sinergias" e também "permitirá que a Livraria Cultura diversifique seus negócios, adicionando novas linhas dos produtos e serviços". 

Os termos do comunicado poderiam sinalizar que os donos da Cultura manteriam a bandeira Fnac, mas isso, como apurou o Diário do Comércio, ainda não foi decidido.

Também não se sabe se a Cultura prosseguirá comandada por um membro da família ou, agora com uma escala bem maior, será contratado um gestor executivo.

No ano passado, Pedro Herz, de 76 anos, controlador da Livraria Cultura, anunciou que o próximo presidente da empresa não teria o sobrenome da família.

Em 2009, ele promoveu ao cargo que ocupava desde 1969 o primogênito Sergio, de 45 anos. O outro filho, Fabio, de 43 anos, que também ali trabalhava decidiu seguir um caminho próprio e deixou a empresa.

"Cheguei à conclusão de que uma gestão familiar de empresa tem um limite, determinado pelo tamanho", disse o patriarca ao Diário do Comércio. "E esse limite já atingimos."

 

 

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