Custo de produção e escassez de matéria prima são desafios da indústria
Para a equipe de economistas da ACSP, vencidos esses problemas, o setor industrial deve intensificar a recuperação da atividade
A atividade industrial seguiu em recuperação em maio, embora muito influenciada pela fraqueza da base de comparação do ano passado. Para os economistas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a continuidade dessa retomada dependerá do avanço da vacinação, da evolução dos custos de produção e da disponibilidade de matérias primas em algumas cadeias produtivas.
Em maio, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial apresentou alta de 1,4%, em relação a abril, livre de efeitos sazonais, abaixo das expectativas de mercado, enquanto, em 12 meses, o crescimento alcançou a 4,9%, acelerando frente à leitura anterior.
Na comparação com o mesmo mês de 2020, houve forte elevação de 24,0%, embora menos intensa que a observada em abril.
Essa elevação anual reflete a existência de um dia útil adicional em 2021 e a menor base de comparação do ano passado, continuando a sinalizar, contudo, a recuperação do setor, explicada pelas maiores vendas no exterior, pela redução das medidas de isolamento social, pela volta do auxílio emergencial e pela recuperação da confiança dos empresários.
Na mesma base de comparação, houve expansão de todas as categorias de uso consideradas na pesquisa do IBGE, principalmente bens de consumo duráveis, destacando-se a produção de automóveis, eletrodomésticos e motocicletas, e bens de capital, especialmente aqueles direcionados para os setores industrial, agrícola e de construção civil.
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