Carnaval de rua impulsionou as vendas do comércio
O movimento das vendas à vista no varejo paulistano aumentou 3,1% em relação à primeira quinzena de janeiro

O Carnaval de rua paulistano influenciou positivamente nas vendas do comércio, conforme registra o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) referente à primeira quinzena de fevereiro de 2018.
O movimento das vendas à vista aumentou 3,1% em relação à primeira quinzena de janeiro (com igual número de dias úteis). Já nos últimos três anos, as vendas à vista caíram em média 3% no mesmo período.
Para Emílio Alfieri, economista da ACSP, o Carnaval alterou a sazonalidade do varejo da capital. “Neste ano, de forma inédita, o Carnaval de rua conseguiu reter grande parte dos paulistanos na cidade, o que beneficiou segmentos como alimentos, bebidas, vestuário e adereços”.
Na contramão, as vendas a prazo recuaram 6% nos primeiros quinze dias de fevereiro (sobre igual período de janeiro), em função da base forte de comparação: janeiro contou com megaliquidações, que impulsionaram a aquisição de bens duráveis de maior valor.
A média dos dois sistemas (à vista e a prazo) foi de queda de 1,5%.
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No contraste com o mesmo período de 2017, a primeira quinzena de fevereiro de 2018 registrou leve queda de 0,1% nas vendas à vista, em razão do dia útil a menos.
“Se as duas quinzenas tivessem o mesmo número de dias úteis, as vendas à vista teriam fechado no azul”, diz Alfieri.
Já as transações a prazo cresceram 6,4%, puxadas pelos bens duráveis (como móveis e eletroeletrônicos). Os juros menores estimularam a compra desses itens ? em fevereiro de 2017, por exemplo, a Selic era 12,25%, enquanto neste ano era de 7% no início do mês.
“Esses números são uma fotografia do momento. Somente no fechamento do mês é que saberemos o desempenho de fevereiro, até porque no ano passado o Carnaval foi na segunda metade do mês”, frisa o economista da Associação.
O Balanço de Vendas é elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP, com amostra fornecida pela Boa Vista SCPC.
FOTO: Wladimir Miranda/Diário do Comércio