Cardápio dos brasileiros está mais saudável (e caro)
Com toda crise, 79% dos brasileiros trocaram ao menos um item da cesta básica por alimentos com menos sódio, gordura e açúcar no ano passado, revela uma pesquisa

Imersos em um cenário de crise, os consumidores brasileiros não têm outra opção senão modificar hábitos. É como cortar custos na empresa.
Planos de telefonia, internet e TV a cabo, idas a restaurantes, ou compras excessivas são alguns dos quesitos reduzidos ou simplesmente eliminados nos lares brasileiros.
Com tudo isso, o país foi promovido, da sexta para a quarta posição, (atrás dos Estados Unidos, Chile e Japão) no ranking de consumo de alimentos considerados saudáveis. Isso indica que, apesar das dificuldades no orçamento, os brasileiros ainda estão dispostos a gastar quando o assunto é alimentação.
LEIA MAIS: Fast food se reinventa para competir com mercado saudável
Um estudo recentemente divulgado pela consultoria Kantar Worldpanel revela que, de cada 100 consumidores brasileiros,79 trocaram ao menos um item da cesta básica por algum alimento saudável no ano passado.
Produtos com mais fibras, e vitaminas, e menos sal, gordura, e açúcar, crescem proporcionalmente, nas prateleiras e na preferência dos consumidores.
De olho nesse mercado, Leandro Possacos, proprietário da Gym Chef Comida Fit abriu mão de seu trabalho como consultor de investimentos para empreender neste ramo.
A proposta de oferecer pratos integrais, assados e grelhados, sem glúten e lactose, com baixo índice de sódio e gorduras, em um formato prático tem conseguido transcender a crise.
Embalados individualmente, e a vácuo, os alimentos tem validade de três meses no freezer, sem perder o sabor e nutrientes.
LEIA MAIS: Cresce a produção de alimentos sem glúten, lactose, açúcar e conservantes
Tudo é produzido, embalado, armazenado, e entregue sob a observação de Possacos, em uma casa de 150 metros quadrados, com a ajuda de dez funcionários. Vendido a R$ 23,90, o nhoque de bata roxa com carne moída é o carro-chefe da marca.
Há um ano em operação, o negócio que recebeu um investimento inicial de R$ 10 mil, vende uma tonelada de comida por mês, e fatura R$ 56 mil mensais.
Além de ser um mercado atraente para quem não sabe por onde começar, o segmento também pode ser uma boa opção para quem já tem um negócio estruturado.
"É um bom momento para aproveitar as oportunidades que esse público demanda. Inclusive, para formatação de franquia", afirma a consultora Cláudia Bittencourt.
LEIA MAIS: Pequenas inovadoras | A pegada 'saudável' da Natue
Para quem reclama que se alimentar bem pesa no bolso, Claudia garante que é possível remanejar o orçamento, usar a criatividade, e estar atento a comparações desproporcionais.
Na maioria dos supermercados, um pé de alface custa até R 4, preço médio de um cachorro quente na rua. De acordo com Claudia, associações como essa são uma verdadeira armadilha.
“Produzir o seu próprio produto pode fazer uma grande diferença, pois há boas opções de pratos com preços acessíveis. Mas, comprar um pão sem glúten, por exemplo, sai bem mais caro que fazê-lo em casa”, diz.
LEIA MAIS: O esporte dela é dar saltos e avançar com negócios saudáveis
*FOTO: Divulgação
PIZZA INTEGRAL VEGETARIANA DE MUSSARELA DE BUFFALA COM BRÓCOLIS

BOLO FUNCIONAL DE PRESTÍGIO

ARROZ VERMELHO COM LEGUMES

FILET RECHEADO COM CRANBERRY

HAMBURGER DE SALMÃO COM DILL
