Captação líquida da poupança em maio é de R$ 2,405 bi
Esse é o terceiro mês consecutivo em que os depósitos superam os saques, de acordo com o Banco Central
A caderneta de poupança fechou o mês de maio com captação líquida de R$ 2,405 bilhões. O valor reflete o montante de recursos que os poupadores depositaram na caderneta, já descontados os saques no período. Este foi o terceiro mês consecutivo de captação líquida na poupança.
O resultado para a poupança foi o melhor para meses de maio desde 2013, quando houve depósitos líquidos de R$ 5,625 bilhões. Em maio do ano passado, houve entradas líquidas de R$ 292,6 milhões e, em abril de 2018, captação líquida de R$ 1,237 bilhão.
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Em 2015 e 2016, a crise econômica havia acirrado os saques na poupança, com as famílias mais retirando do que colocando recursos na caderneta para fazer frente às despesas. Em 2017, porém, a poupança registrou depósitos líquidos de R$ 17,126 bilhões, em meio ao início da recuperação econômica.
Nos dois primeiros meses de 2018, porém, houve mais saídas que entradas de recursos. O período geralmente é marcado por saques, pelas famílias, para o pagamento de despesas como o IPTU e as matrículas escolares. Em março, abril e maio, a poupança voltou a ter captação líquida.
De acordo com o BC, o total de aplicações na poupança em maio foi de R$ 181,731 bilhões, enquanto os saques somaram R$ 179,326 bilhões. O estoque total do investimento na poupança está em R$ 740,639 bilhões, já considerando os rendimentos de R$ 2,802 bilhões de maio.
No acumulado de 2018 até maio, a poupança registra depósitos líquidos de R$ 1,711 bilhão, resultado de aportes de R$ 890,159 bilhões e retiradas de R$ 888,448 bilhões.
A remuneração da poupança é formada por uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) - mas esse cálculo vale para quando a Selic (a taxa básica de juros) está acima de 8,5% ao ano. Como a Selic está atualmente em 6,50% ao ano, a remuneração da caderneta é formada pela TR mais 70% da Selic.
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