As baratas tontas do Brasil

Os políticos buscam salvação em mudanças nas leis, alteração das regras do jogo, qualquer coisa que os salvem da degola eleitoral que virá em 2018 e da cadeia que se aproxima pelos crimes cometidos contra o país

Paulo Saab
22/Ago/2017
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Os partidos políticos brasileiros correm como baratas tontas de um lugar para outro sem saber para onde ir. Acham que mudar de nome vai fazer com que seus erros desapareçam.

Por culpa deles próprios e de outros agentes da vida pública e seus asseclas da iniciativa privada, a vida política e institucional do país se transformou num jogo de tabuleiro onde as peças são mexidas de acordo com interesses individuais, grupais, partidários ou quadrilheiros, tendo como objeto de conquista muito além do poder em si, o butim que praticam assaltando os cofres públicos de diversas maneiras.

A atividade política de se buscar por programas e ideias de matizes distintas se transformou num negócio de enriquecimento ilícito à custa do suor dos brasileiros que pagam impostos e vivem num país indecente de serviços públicos. 

O resultado dos impostos, tributos, taxas, que forma o Tesouro Nacional, é o alvo dos que participam dos partidos políticos usando-os como meio de se chegar ao poder.

A chegada ao poder não é o objetivo final, para implantar no país projetos de melhoria da estrutura nacional nem para a melhoria da qualidade de vida da população, que deveria ser a razão da existência dos políticos.

A chegada ao poder é a forma de poder se montar esquemas de desvio de dinheiro público, lícita ou ilicitamente, como é quase sempre para satisfação pessoal da sanha de enriquecimento dos integrantes dos partidos políticos e das quadrilhas que os cercam.

Este é o Brasil. Sempre foi assim, mas alcançou uma escala inimaginável na era lulopetista que escancarou as portas da corrupção e enterrou no lamacento terreno da improbidade a Constituição, as leis, as regras, a moral e a ética, levando de roldão, todo o sistema partidário brasileiro.

Aflige que o poder Judiciário foi contaminado também e muitos de seus integrantes colocam-se a serviços da imundice dos partidos, igualando-se aos políticos que, ainda agora, tentam toda sorte de cretinice institucional para tentar mudar para não mudar nada. Para eles.

Os políticos representantes da população brasileira, ou que deveriam ser, e outros agentes públicos preocupados apenas com seus privilégios, vantagens, remuneração-tudo à custa do brasileiro pagador de impostos – se tornaram párias da sociedade, tutelando-a quando deveriam por ela ser tutorados.

Pegos em flagrante delito, a partir do exemplo do próprio mal, encarnado em Lula, como baratas tontas buscam salvação em mudanças nas leis, alteração das regras do jogo, qualquer coisa que os salve da degola eleitoral que virá em 2018 e da cadeia que se aproxima pelos crimes cometidos contra o país.

A chamada classe política, envolvidos aqui todos os atores da cena nacional nos diversos níveis de poder e sua vassalagem empresarial e oficial, com as raras exceções, tornou seus integrantes em baratas –ratos também o são- que se mexem no galinheiro para lá e para cá, em busca da saída, antes que o bico da galinha –o voto- os apanhe e os tire do paraíso em que se instalaram.

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