|Análise|Queda de preços deve se intensificar em dezembro
Deflação em novembro fez o resultado anual (variação acumulada em 12 meses) recuar para 4,05%, abaixo da meta anual perseguida pelo Banco Central (4,5%)
Surpreendendo o mercado, a inflação “oficial”, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentou queda de 0,21%, a mais baixa para o mês desde 1994.
Essa deflação fez o resultado anual (variação acumulada em 12 meses) recuar para 4,05%, abaixo da meta anual perseguida pelo Banco Central (4,5%).
As principais influências de baixa vieram dos combustíveis, devido à diminuição do preço da gasolina na refinaria, e da energia elétrica, decorrente da mudança na bandeira tarifária.
Também houve deflação em novembro, segundo o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que alcançou a 1,14%, também provocando arrefecimento no resultado anual (acumulado em 12 meses), que alcançou a 8,38%.
O resultado mensal pode ser explicado fundamentalmente pela redução dos preços dos combustíveis, que contribui para diminuir os preços das matérias primas (IPA).
Em síntese, o resultado de novembro deixou o IPCA, em termos anuais, abaixo da meta, enquanto o IGP-DI também confirma a descompressão dos preços, principalmente no atacado.
Essa descompressão deverá se intensificar em dezembro, com novas quedas dos preços dos combustíveis e da tarifa elétrica, confirmando as expectativas de que a inflação em 2018 permanecerá baixa, adiando o aumento da taxa básica de juros (SELIC) por parte do Banco Central.