|Análise|Apesar da alta em março, inflação deve fechar 2019 abaixo da meta

Isto deverá ocorrer mesmo havendo pressão dos preços das matérias primas, devido à elevada ociosidade na economia

Instituto Gastão Vidigal
11/Abr/2019
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Em março, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou para 0,75%, superando as expectativas de mercado.

Assim, no acumulado em 12 meses, a alta de preços registrada, que aproxima a inflação anual, também acelerou, alcançando a 4,58% (veja tabela ao lado), ficando acima da meta de inflação perseguida pelo Banco Central (4,25%).

Essa aceleração se explica principalmente pelos impactos das elevações dos preços dos alimentos, em decorrência dos baixos estoques observados na entressafra, e dos combustíveis, pressionados pelo maior preço internacional do petróleo, causado tanto pelas sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos ao Irã e à Venezuela, como pelo corte da produção determinado pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), além da maior cotação do dólar.

No mesmo mês, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), apesar de ter apresentado alta de 1,07%, inferior à observada em fevereiro, acelerou em 12 meses, chegando a 8,27%, influenciado principalmente pela maior inflação de matérias primas industriais (IPA IND).

Em síntese, em março, a inflação oficial, medida pelo IPCA, em termos anuais, ultrapassou a meta de inflação perseguida pelo Banco Central, devido a fatores pontuais, mantendo-se, portanto, a tendência de fechar 2019 em patamares inferiores à mesma.

Isto deverá ocorrer mesmo havendo pressão dos preços das matérias primas, devido à elevada ociosidade presente na economia.

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