ACSP: Confiança do consumidor fica estável em dezembro e fecha 2024 em patamar positivo

O Índice Nacional de Confiança (INC) registra 103 pontos desde setembro. Alguns indicadores econômicos, como alta no emprego e na renda, são anulados por outros, como inflação e endividamento elevados, o que explicaria a estabilidade na confiança

Redação DC
26/Dez/2024
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ACSP: Confiança do consumidor fica estável em dezembro e fecha 2024 em patamar positivo

O Índice Nacional de Confiança (INC), divulgado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), registrou 103 pontos em dezembro, terminando 2024 em patamar considerado positivo – acima dos 100 pontos. O indicador se mantém neste mesmo patamar desde setembro. Na comparação com dezembro de 2023, porém, a confiança do consumidor recuou 5,5%.

A sondagem foi realizada com 1.679 famílias em todo o país, residentes em capitais e cidades do interior. Para Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, a estabilidade mensal mostra que alguns indicadores econômicos estão anulando outros.

"Por um lado, o aumento do emprego, da renda e do crédito deveria impactar positivamente a confiança dos consumidores. No entanto, por outro lado, a perda do poder aquisitivo das famílias, resultante da aceleração da inflação, aliada ao elevado nível de endividamento, tende a tornar o consumidor mais cauteloso no momento de realizar compras", diz o economista.

Por região, os resultados do INC são heterogêneos, com queda da confiança no Nordeste, Norte e Sudeste e aumento para as regiões Centro-Oeste e Sul.

O mesmo ocorre quando o recorte é feito por classes econômicas. Há estabilidade do índice para a classe AB, queda moderada para as famílias pertencentes à classe C e leve aumento para aquelas da classe C.

Segundo a ACSP, a percepção das famílias em relação à situação financeira atual mostrou certa estabilidade, com segurança no emprego também estável, enquanto as expectativas mostraram-se, na margem, menos favoráveis.

Segundo Gamboa, essa piora da confiança em relação à situação futura resultou em diminuição da disposição para comprar itens de maior valor, tais como carro e casa, redução da intenção de adquirir bens duráveis, como, por exemplo, geladeira e fogão, e menor propensão para investir.

 

IMAGEM: Paulo Pampolin/DC

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