6 alertas para o financiamento coletivo do seu negócio

Captar recursos via <i>crowdfunding</i> é simples, mas nem sempre é uma boa ideia – conheça os principais pontos de atenção

Karina Lignelli
09/Abr/2015
  • btn-whatsapp
6 alertas para o financiamento coletivo do seu negócio

A expressão pode intimidar, mas o processo não é assim tão complicado. O chamado equity crowdfunding significa, em essência, financiamento coletivo de empreendimentos. Em outras palavras, startups arrecadam o capital para investir na empresa junto a dezenas, centenas ou milhares de investidores – que podem ser pessoas físicas e não apenas anjos ou fundos de investimento. Em troca, os empreendimentos oferecem uma pequena participação societária no negócio.

O fato é que a coletivização de empreendimentos não é novidade. Desde as grandes navegações, entre os séculos XV e XVII, comerciantes financiavam cotas de empreitadas ultramarinas em busca de especiarias no Oriente. O risco também era partilhado – proporcionalmente ao total investido por cada empresário.

Nos Estados Unidos, a prática ganhou relevância em 2012, com a instituição do Jobs Act, que permite que empresas façam ampla propaganda em busca de recursos. Por aqui, a possibilidade existe desde 2003, mas foi em 2014 que a primeira empresa nacional resolveu abrir sua estrutura societária em troca de financiamento coletivo.

Entre 2003 e 2014, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), responsável pela regulação do setor, modelou e remodelou esse formato de captação. Foram publicadas instruções complementares, com foco nas micro e pequenas empresas que pretendiam captar recursos por meio da emissão de títulos e valores mobiliários.

Essas novas instruções vieram para simplificar – está dispensado o registro de companhia aberta e oferta pública de ações, desde que a captação seja requisitada à CVM e não ultrapasse os R$ 2,4 milhões por ano – muito próximo ao limite para enquadramento ao Simples Nacional.  “Nesse ponto, a legislação brasileira foi muito inovadora em relação ao resto do mundo”, afirma Flavio Augusto Picchi, advogado especialista em assessoria jurídica para startups. 

A primeira empresa a captar via financiamento coletivo foi a Broota – uma plataforma online que serve, exatamente, para captação de verba para empreendimentos. O sistema é diferente de plataformas internacionais, como Kickstarter e Indiegogo, ou das brasileiras Kickante e Catarse, que operam por doações – embora a maior parte das empresas ofereça recompensas pela colaboração, não se trata de participação societária.

As opiniões de bancos e investidores sobre o modelo ainda são divergentes. Para alguns, o equity crowdfunding pode criar um cenário mais diversificado para investidores, atraindo aqueles que não estão acostumados ao mercado de ações. Mas, para outros, parece apenas uma forma de garantir dinheiro rápido – ainda mais se não contarem com a ajuda de fontes mais tradicionais para realizar o processo.

“Essa deve ser a grande alternativa de financiamento daqui a cinco ou dez anos. Com a poupança interna pequena, pouca gente tem disposição de colocar dinheiro nessas empresas. Por isso é preciso ser claro e profissional na hora de captar”, alerta.  

A seguir, os seis cuidados básicos listados por Flavio Picchi para optar pela modalidade sem sustos.  

 

O Diário do Comércio permite a cópia e republicação deste conteúdo acompanhado do link original desta página.
Para mais detalhes, nosso contato é [email protected] .

Store in Store

Carga Pesada

Vídeos

Alexandra Casoni, da Flormel, detalha o mercado de doces saudáveis

Alexandra Casoni, da Flormel, detalha o mercado de doces saudáveis

Conversamos com Thaís Carballal, da Mooui, às vésperas da abertura de sua primeira loja física

Entenda a importância de planejar a sucessão na empresa