Venda de Via Varejo não é descartada
A empresa dobrou de valor desde o começo do ano. Foi de R$ 4,6 bilhões para R$ 8,2 bilhões
Assim como o Magazine Luiza, a Via Varejo, divisão de eletroeletrônico do grupo francês Casino, dono do Pão de Açúcar, dá sinais de retomada.
Desde o início do ano para cá, o valor de mercado da varejista quase dobrou - saltou de R$ 4,6 bilhões para R$ 8,2 bilhões ontem. Embora seja a maior companhia do setor em faturamento, seu valor de mercado está abaixo da do Magazine Luiza, hoje em R$ 13,2 bilhões.
Essa inversão ocorreu este ano. De acordo com Guilherme Assis, analista do Brasil Plural, o valor de uma companhia reflete o que o mercado vê de perspectivas para o futuro, além do raio X atual.
"A Via Varejo está se recuperando, assim como outras do setor, com a perspectiva de que o pior da crise já saiu. Mas a empresa teve uns tropeços. O lado positivo é a melhora nas vendas, uma parte por conta do FGTS inativo, embora esse fator não seja mensurável."
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Revés
Em outubro de 2016, a Via Varejo iniciou o processo de integração das operações das lojas físicas e do e-commerce.
A companhia implantou um projeto de revisão de processos, treinamentos e rotinas de gestão, além de outras ferramentas, para transformação do modelo de gestão e liderança das lojas.
Em 2014, o grupo Casino, reuniu Via Varejo e a CDiscount, criando uma das maiores empresas de e-commerce do mundo. A nova companhia, a CNova, chegou a ser listada na Nasdaq. Porém, após descobertas de fraude por um grupo de ex-funcionários, o Casino decidiu desfazer a operação e integrar as plataformas digitais e físicas.
Com a crise do País e do setor, o GPA decidiu vender a Via Varejo. O processo, contudo, está devagar. Houve interesse de vários grupos no início do ano e até de Michel Klein, herdeiro da Casas Bahia, mas as conversas não avançaram. A empresa diz que o processo de venda está sendo conduzido sem pressa.
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