Veja quem são os CEOs mais ricos do Brasil
A remuneração anual conjunta dos 90 executivos que compõem o Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, superou a marca de R$ 1,1 bilhão em 2021
A remuneração de quem ocupa os cargos do topo das organizações brasileiras está em crescimento: o valor anual conjunto dos 90 CEOs das empresas que compõem o Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, superou a marca de R$ 1,1 bilhão em 2021.
O número significa um salário médio mensal de mais de R$ 1 milhão por executivo e o aumento desses executivos foi de 30%, em média, em relação ao ano anterior.
Em relação ao salto de 30% na remuneração de altos executivos de um ano para o outro, a principal explicação das empresas se refere ao fato que, em 2020, primeiro ano da pandemia de covid-19, muitos dos salários não sofreram reajuste algum - e que o ano passado foi o momento de compensar parte dessas perdas.
O levantamento dos ganhos foi feito a partir da documentação pública sobre remuneração que as empresas listadas têm de entregar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), tendo sido tabulados por Renato Chaves, especialista em governança corporativa.
Os dados não informam o nome do executivo que recebe o maior salário, mas, no geral, o CEO tem a maior remuneração. No Brasil, a regulação exige a divulgação dos salários dos executivos das empresas de capital aberto desde 2019.
Dos bilionários salários pagos pelas 90 empresas do Ibovespa, R$ 400 milhões, ou 30% do total, estão nas mãos de apenas dez executivos.
CEOs brasileiros com os maiores salários de 2021:
Sergio Rial, ex-presidente do banco Santander no Brasil: R$ 59 milhões;
Eduardo Bartolomeo, líder da mineradora Vale: R$ 55 milhões;
Milton Maluhy, do Itaú Unibanco: R$ 53 milhões;
Pedro Zinner, presidente da Eneva: R$ 52,7 milhões;
Gilberto Tomazoni, da JBS: R$ 52,6 milhões.