Temer determina a liberação da importação de feijão
Medida vale para Argentina, Paraguai e Bolívia e tem o objetivo de reduzir o preço do produto, que subiu 33,49% de janeiro até maio, de acordo com o IBGE

O presidente em exercício Michel Temer (PMDB) afirmou nesta quarta-feira (22/05), em sua conta no Twitter, que determinou a liberação da importação de feijão como forma de reduzir os preços para o consumidor final. Temer utilizou a hashtag #TemerBaixaOPreçoDoFeijão para anunciar a medida.
De acordo com o presidente em exercício, a liberação da importação vale para Argentina, Paraguai e Bolívia, países vizinhos do Mercosul. A requisição foi feita ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, que participa de reunião com Temer neste momento no Palácio do Planalto.
Há ainda possibilidade de trazer o produto do México, após a assinatura de um acordo sanitário, e da China, disse Maggi em entrevista ao Portal do Planalto.
"O preço do principal produto na mesa dos brasileiros subiu em função de questões climáticas, que ocasionou a perda de praticamente todas a safra no Centro-Oeste", disse o ministro por meio de nota divulgada pelo Planalto.
"Isso ocasionou uma queda na oferta e um aumento na demanda, fazendo com que os preços subissem."
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NEGOCIAÇÕES
Outra medida que está sendo tomada, afirmou o Maggi, é de negociar com grandes redes de supermercado para que busquem o produto onde há maior oferta.
"Pessoalmente tenho me envolvido nas negociações com os cerealistas, com os grandes supermercados, para que eles possam fugir do tradicional que se faz no Brasil, e ir diretamente à fonte onde tem esse produto e trazer. E à medida que o produto vai chegando no Brasil, nós temos certeza que o preço cederá à medida em que o mercado for abastecido", afirmou o ministro.
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O clima tem afetado a safra de vários produtos básicos neste ano. Só o feijão subiu 28%, em média, até maio, de acordo com pesquisa de auditoria de varejo da GFK, que coleta preços em pequenos e médios supermercados instalados 21 regiões do país, entre capitais e cidades do interior. De acordo com a GFK, cada família consome cerca de 3 quilos de feijão por mês.
De acordo com o IBGE, que mede a variação nas capitais, o preço do feijão subiu 33,49% no ano até maio e 41,62% em 12 meses.
A notícia de que o governo do presidente em exercício, Michel Temer, determinou a liberação da importação de feijão como forma de reduzir os preços para o consumidor final atendeu a um pedido de internautas.
O elevado preço do feijão vinha gerando piadas nas redes sociais. Usuários chegaram a brincar que precisariam fazer um financiamento para poder comprar um dos itens mais famosos do prato dos brasileiros, o "Meu feijão, Minha Vida".
O clima tem afetado a safra de vários produtos básicos neste ano. Só o feijão subiu 28%, em média, até maio, segundo pesquisa de auditoria de varejo da GFK, que coleta preços em pequenos e médios supermercados instalados em 21 regiões do país, entre capitais e cidades do interior. De acordo com a GFK, cada família consome cerca de 3 quilos de feijão por mês.
Imagem: Thinkstock