PIB repete 2017 e cresce 1,1% no ano passado
Em serviços, todas as atividades tiveram variação positiva, com destaque para atividades imobiliárias (3,1%), comércio (2,3%) e transporte, armazenagem e correio (2,2%), segundo o IBGE
O Produto Interno Bruto (PIB) da economia brasileira cresceu 1,1% no ano de 2018, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e somou R$ 6,8 trilhões.
No quarto trimestre, o crescimento foi de 0,1% em comparação com o trimestre imediatamente anterior do ano passado.
Segundo economistas, a atividade econômica no País não ganhou tração e teve um desempenho igual ao de 2017, quando avançou 1,1%.
Efeitos pontuais, como as eleições e a greve dos caminhoneiros, prejudicaram o crescimento no ano, mas também avaliam que a limitada recuperação do mercado de trabalho impediu que a atividade econômica ganhasse força.
Em relação a 2018, economistas também ressaltam a diferença entre a expectativa de crescimento no início do ano, quando a pesquisa Focus, que reúne previsões do mercado financeiro para a economia, chegou estimar um avanço de 2,92% e o crescimento de 1,1%.
No quarto trimestre do ano passado, ainda que alguma desaceleração do PIB fosse esperada depois de um terceiro trimestre atípico, com a reversão dos danos da greve dos caminhoneiros e efeitos da liberação do PIS/Pasep, o desempenho efetivo da atividade no fim do ano ficou aquém do previsto pelos economistas, principalmente diante do avanço dos indicadores de confiança.
Essa fraqueza do quarto trimestre acende um alerta para o ritmo de crescimento no começo de 2019, segundo economistas.
Com a alta de 0,4% no quarto trimestre de 2018 ante o terceiro trimestre do ano passado, o consumo das famílias emplacou uma sequência de oito trimestre seguidos de variação positiva na comparação com os períodos imediatamente anteriores, informou nesta quinta-feira, 28, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2018 fechado, o consumo das famílias avançou 1,9% ante 2017, melhor desempenho desde 2014, quando houve uma alta de 2,3% em relação a 2013.
POR SETOR
Ela reconheceu que a queda de 2,5% em 2018 ante 2017 no PIB da construção está entre as menos intensas da sequência de cinco anos de recuos. Ainda assim, a infraestrutura segue em baixa.
"Quando (os governos) têm que cortar, o investimento é o primeiro a ser cortado porque não é despesa obrigatória", afirmou Rebeca.
Segundo ela, é possível dizer que a infraestrutura está puxando a construção para baixo também porque as atividades imobiliárias subiram 3,1% no PIB de serviços em 2018 ante 2017.
O IBGE registrou desempenho positivo em 2018 nas atividades da agropecuária (0,1%), da indústria (0,6%) e dos serviços (1,3%).
No primeiro setor, que teve resultado recorde em 2017, os números foram puxados pela agricultura, com destaque para café (29,4%), algodão (28,4%), trigo (25,1%) e soja (2,5%). Houve quedas nas lavouras de milho (-18,3%), laranja (-10,7%), arroz (-5,8%) e cana (-2,0%).
Na indústria, o destaque foi o segmento de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, que cresceu 2,3%ante 2017. Por outro lado, a construção teve retração de 2,5% em 2018 - foi o quinto ano seguido de queda.
Com o bom resultado nos segmentos de veículos automotores, papel e celulose, farmacêutica, metalurgia e máquinas e equipamentos, as indústrias de transformação cresceram 1,3% no ano.
Em serviços, todas as atividades tiveram variação positiva, com destaque para atividades imobiliárias (3,1%), comércio (2,3%) e transporte, armazenagem e correio (2,2%).
Entre os componentes da demanda interna, o consumo das famílias cresceu 1,9% e os investimentos, 4,1%, depois de quatro anos no negativo. O consumo do governo se manteve estável (0,0%).
As exportações de bens e serviços cresceram 4,1%, enquanto as importações subiram 8,5%.
O IBGE revisou o PIB do terceiro trimestre de 2018 ante o segundo trimestre do ano, de 0,8% para 0,5%. O órgão também revisou a taxa do PIB do segundo trimestre de 2018 ante o primeiro, de 0,2% para 0,0%.
A taxa do primeiro trimestre de 2018 ante o quarto trimestre de 2017 saiu de 0,2% para 0,4%. Já o resultado do quarto trimestre de 2017 ante o terceiro trimestre de 2017 passou de 0,2% para 0,3%.