PIB recua 0,1% no segundo trimestre, diz IBGE
O resultado foi influenciado pelo desempenho negativo da agropecuária, que caiu 2,8%
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve baixa de 0,1% no segundo trimestre de 2021 ante o primeiro trimestre do ano, informou nesta quarta-feira, dia 1/09, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com o segundo trimestre de 2020, o PIB apresentou alta de 12,4% no segundo trimestre deste ano. Essa foi a maior variação nessa base de comparação desde o início da série histórica. O resultado já era esperado, uma vez que o segundo trimestre de 2020 registrou queda do PIB de 10,9% ante igual período de 2019, a maior queda da série histórica.
Ainda segundo o instituto, o PIB do segundo trimestre de 2021 totalizou R$ 2,1 trilhões.
O Produto Interno Bruto da agropecuária caiu 2,8% no segundo trimestre de 2021 ante o primeiro trimestre. Foi o pior desempenho dessa atividade desde o primeiro trimestre de 2019, quando houve um recuo de 2,9% ante o quarto trimestre de 2018.
Na comparação com o segundo trimestre de 2020, o PIB da agropecuária mostrou alta de 1,3%, segundo o IBGE.
O PIB da indústria, por sua vez, caiu 0,2% no segundo trimestre de 2021 ante o primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2020, o PIB da indústria revelou alta de 17,8%.
Já PIB de serviços subiu 0,7% no segundo trimestre de 2021 ante o primeiro trimestre do ano. Na comparação com o segundo trimestre de 2020, o PIB de serviços mostrou alta de 10,8%.
RITMO PRÉ-PANDEMIA
O recuo de 0,1% no PIB no segundo trimestre de 2021 ante o primeiro trimestre do ano fez a economia brasileira se manter operando no mesmo patamar do quarto trimestre de 2019 e início de 2020, no pré-pandemia de covid-19.
Mas o resultado interrompe três trimestres seguidos de crescimento da economia. O IBGE considera que houve estabilidade, segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do órgão estatístico.
"A variação do PIB foi de -0,054%", explicou, lembrando que o resultado divulgado de -0,1% decorre da regra de arredondamento. O PIB ainda está 3,2% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do País, alcançado no primeiro trimestre de 2014.