Pagamentos com cartão devem crescer 16% em 2019
As compras com cartões devem registrar, no 4º trimestre de 2019, uma participação recorde de 40% em relação ao volume do consumo das famílias brasileiras, de acordo com a Abecs
Os pagamentos realizados com cartões de crédito, débito e pré-pagos devem crescer em torno de 16% em 2019, chegando ao patamar de R$ 1,8 trilhão, de acordo com projeções da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).
De acordo com a entidade, as compras com cartões devem registrar, no 4º trimestre de 2019, uma participação recorde de 40% em relação ao volume do consumo das famílias brasileiras.
"O objetivo do setor é alcançar o patamar de 60% de representatividade no consumo das famílias até 2022. Para isso, é preciso incentivar ações que ampliem o acesso e gerem mais eficiência aos meios eletrônicos de pagamento, apostando em inovação e produtos e serviços cada vez mais convenientes e seguros para as pessoas", afirma em nota o presidente da Abecs, Pedro Coutinho.
2018
De acordo com dados consolidados da Abecs, os brasileiros realizaram R$ 1,55 trilhão em compras com cartões em 2018, crescimento de 14,5% em relação a 2017 - maior alta desde 2014, quando o setor cresceu 14,8%.
Entre as modalidades, os cartões de crédito registraram R$ 965,5 bilhões (+14,6%), os cartões de débito, R$ 578,1 bilhões (+13,8%), e os cartões pré-pagos, R$ 11 bilhões (+66,5%).
O volume total representou 38,3% do consumo das famílias no 4º trimestre de 2018. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a representatividade do setor subiu de 20,7% em 2017 para 22,8% em 2018.
Em quantidade de transações, os cartões tiveram crescimento ainda maior, de 15,5%, totalizando 18,8 bilhões em 2018 - o equivalente a 35,8 mil transações por minuto.
Os cartões de crédito foram usados 9,4 bilhões de vezes pelos brasileiros, enquanto os cartões de débito, 9,3 bilhões, e os cartões pré-pagos, 180,1 milhões. Levando em consideração a população economicamente ativa, cada pessoa realizou cerca de 180 transações com cartões no ano passado.
COMPRAS REMOTAS
As compras com cartões não presentes, com destaque para o e-commerce, também ajudaram a impulsionar o crescimento do setor no período, somando R$ 198,2 bilhões (alta de 18,4%).
O valor corresponde a 20,5% de todo o volume transacionado por meio de cartões de crédito em 2018. De acordo com pesquisa da Abecs realizada pelo Datafolha, 78% das pessoas que fazem compras online usam o cartão de crédito nessas transações, sendo que 63% delas preferem o celular como plataforma de acesso ao e-commerce. Em seguida, estão o computador de mesa (35%), o notebook (33%) e o tablet (3%).
DADOS REGIONAIS
O uso dos cartões continua mais concentrado no Sudeste, que detém 60,5% de todo o volume movimentado. Em seguida estão Sul (15,1%), Nordeste (13,1%), Centro-Oeste (7,7%) e Norte (3,5%).
Por outro lado, o crescimento mais expressivo no período ocorreu na região Norte, com alta de 16% no volume total movimentado em cartões e de 17,5% se considerada apenas a modalidade de cartão de débito. Esse resultado é reflexo do processo de inclusão financeira que continua ocorrendo no País.
As compras internacionais realizadas por brasileiros com cartão de crédito somaram R$ 31,8 bilhões, avanço de 12,6% em relação ao ano anterior. Já os gastos de estrangeiros no Brasil com cartões cresceram 12,9%, chegando a R$ 15,7 bilhões.
O levantamento da Abecs mostra ainda que, em 2018, os programas de loyalty dos cartões geraram R$ 4,3 bilhões em vantagens e benefícios aos clientes.
O valor é 6,8% maior do que o registrado em 2017, o que significa que o brasileiro tem aproveitado esse benefício do cartão para adquirir produtos e serviços. A
inda de acordo com o levantamento da Abecs, o Brasil possui atualmente um dos maiores parques de equipamentos de captura de transações com cartões (POS e PDV) do mundo, com 9,3 milhões de terminais espalhados por todo o território nacional.
Devido ao aumento da competitividade e ao investimento realizado pelo setor nos últimos anos, o País conta com uma concentração de 44,6 equipamentos para cada mil habitantes, um dos maiores índices do mundo e superior ao de países desenvolvidos, como Itália (40,7), Canadá (39,2) e Austrália (38,9%).
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