Pagamento de juros em agosto foi de R$ 36 bi

Trata-se do menor resultado para o mês desde 2014, de acordo com o Banco Central

Estadão Conteúdo
29/Set/2017
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Pagamento de juros em agosto foi de R$ 36 bi

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, destacou nesta sexta-feira (29/09), que o pagamento de juros em agosto, de R$ 36 bilhões, foi o menor para o mês desde 2014.

Em 2017 até agosto, a cifra já chega a R$ 271 bilhões e, em 12 meses, de R$ 423 bilhões.

De acordo com Rocha, a conta de juros já sofre o impacto da redução dos principais indicadores da dívida pública: a Selic (a taxa básica de juros) e a inflação.

"O gasto com juros em 12 meses, de 6,55% do PIB, é o menor desde fevereiro de 2017", diz. 

Rocha pontuou ainda que a dívida líquida em agosto, de 50,2% do PIB, é comparável com dezembro de 2004 (5,19%). Ao mesmo tempo, a trajetória de crescimento da dívida bruta foi mantida em agosto, com 73,7% do PIB - recorde da série histórica.

GOVERNOS REGIONAIS 

O chefe do Departamento de Estatística do Banco Central destacou também o resultado positivo registrado pelos governos regionais em agosto e no acumulado do ano, que contribui para reduzir o déficit do setor público consolidado.

No mês passado, os governos regionais registraram superávit primário de R$ 498 milhões, ante déficit de R$ 653 milhões em agosto de 2016.

No ano, até agosto, o valor foi positivo em R$ 16,843 bilhões, ante superávit de R$ 10,313 bilhões no mesmo período do ano passado.

"Os governos regionais permanecem apresentando resultados melhores em 2017".

ELASTICIDADE DA DÍVIDA 

Ele apresentou a elasticidade da Dívida Líquida do Setor Público (DLDP) ante o PIB em relação às variáveis que interferem em seu resultado.

No caso do câmbio, cada 1% de variação tem impacto imediato de 0,15 ponto porcentual (pp) em sentido oposto, o que equivale a R$ 9,9 bilhões.

No caso da Selic, cada 1 pp de alteração mantida por 12 meses tem reflexo de 0,41 pp na DLSP/PIB no mesmo sentido, o que representa R$ 26,2 bilhões em valores correntes.

Já cada alta ou baixa da inflação (basicamente IPCA) de 1 pp mantido por 12 meses tem impacto de 0,14 pp no mesmo sentido na DLDP/PIB, ou R$ 9,5 bilhões em valores nominais.

FOTO: Thinkstock

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