Nubank é agora a startup mais valiosa da América Latina
A startup brasileira, de David Vélez (foto), recebeu uma rodada de investimentos de US$ 180 milhões da chinesa Tencent, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo.

Segundo as companhias, US$ 90 milhões serão investidos diretamente na empresa, enquanto outros US$ 90 milhões serão utilizados pela asiática para comprar participação de outros acionistas da startup brasileira.
Fundado em 2013, pelo colombiano David Vélez, o Nubank tem registrado crescimento expressivo nos últimos meses: há duas semanas, divulgou ter 5 milhões de clientes em seu cartão de crédito controlado por aplicativo, 20% mais do que tinha em fevereiro.
"O projeto do Nubank é ser um banco digital completo. Uma avaliação de mercado de US$ 4 bilhões é condizente com o potencial da empresa", avalia Guilherme Horn, diretor executivo de inovação da consultoria Accenture.
Já para o presidente da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), Amure Pinho, o investimento mostra a força do ecossistema brasileiro de startups, mesmo em meio à crise.
Em comunicado divulgado à imprensa, o presidente executivo do Nubank, David Vélez, ressaltou que a empresa não "precisava de mais capital neste momento" - em fevereiro, a startup recebeu um aporte de US$ 150 milhões do fundo DST Global. "Já geramos caixa operacional desde o ano passado, mas não poderíamos deixar passar a oportunidade de ter a Tencent conosco."
"Os chineses têm um grande conhecimento para fazer negócios ganharem escala", diz Horn, da Accenture. "Além disso, mudanças que já estão maduras na China ainda não aconteceram aqui, como toda a revolução na área de pagamentos."
É um setor que a chinesa tem experiência: hoje, é dona do WePay, um dos serviços de pagamentos móveis mais populares do mundo. Ele funciona dentro do WeChat, espécie de WhatsApp chinês, utilizado por mais de 1 bilhão de pessoas atualmente.
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