Novo auxílio emergencial deve dar fôlego ao comércio no 2º trimestre

Até fevereiro, pelos dados do IBGE, o setor acumula forte queda, causada principalmente pelas restrições às atividades econômicas e pela falta do auxílio

Instituto Gastão Vidigal
26/Abr/2021
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Novo auxílio emergencial deve dar fôlego ao comércio no 2º trimestre

O varejo, em fevereiro de 2021, continuou perdendo impulso pela falta do auxílio emergencial e pelo recrudescimento da pandemia. Nesse cenário, as novas medidas restritivas decretadas e a queda da confiança do consumidor deverão intensificar essa tendência de arrefecimento das vendas do varejo em março, de acordo com as projeções do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da ACSP (gráfico abaixo).

Apesar disso, tal como também indicam as mesmas projeções, espera-se uma recuperação a partir do segundo trimestre, explicada pela volta do auxílio emergencial e pela base de comparação fraca do ano passado. Essa retomada poderá ser mais consistente durante os meses seguintes, à medida em que a vacinação avance.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em fevereiro, as vendas do varejo restrito (que não incluem veículos e material de construção) e do ampliado (que consideram todos os segmentos) mostraram recuos de 3,8% e 1,9%, respectivamente, em relação ao mesmo mês do ano passado.

No varejo restrito, houve intensificação da contração. No acumulado em 12 meses, houve alta de 0,4%, no primeiro caso e queda de 2,3%, no segundo, resultados que representam piora em relação à leitura anterior.

A continuidade da perda de impulso do varejo, ocorrida a partir de janeiro, continuou sendo causada pela ausência do auxílio emergencial, num contexto de queda da renda, intensificada pela forte aceleração da inflação, e pelo recrudescimento da covid-19, que gerou aumento nas restrições ao funcionamento do comércio.

Nesse contexto, as famílias seguiram consumindo itens essenciais e relacionados ao maior tempo passado em casa, tais como artigos farmacêuticos e materiais de construção, cujas vendas continuaram crescendo, enquanto, pelas mesmas razões, tecidos, vestuário e calçados, conforme antecipado pelo Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), novamente registraram a maior queda, seguidos por materiais de escritório e informática, além de veículos.

As vendas de supermercados, apesar de fazerem parte do consumo básico, apresentaram retração, causada pela maior dificuldade financeira enfrentada pela população, agravada pelos maiores preços dos alimentos.

 

IMAGEM: Rovena Rosa/Agência Brasil

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