No 1º semestre, compras com cartões totalizam R$ 850 bi
Setor cresceu 18% no período ante 2018, e deve crescer ainda mais até o fim do ano puxado pela Semana do Brasil, os saques do FGTS e a Black Friday, estima a Abecs
O setor de cartões movimentou R$ 850 bilhões na primeira metade do ano, volume 18% maior que igual período de 2018, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).
Os cartões de crédito responderam por R$ 534,4 bilhões, um aumento de 18,8%, e de débito, R$ R$ 308 bilhões, aumento de 16%. No segundo trimestre, o segmento cresceu a um ritmo ainda mais veloz. De abril a junho, a expansão foi de 19% ante um ano, totalizando cerca de R$ 430 bilhões.
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Do volume total, os cartões de crédito somaram R$ 274,5 bilhões, alta de 19,7%, e os de débito totalizaram R$ 155,2 bilhões, elevação de 16,8% em um ano.
"Apesar do cenário econômico desafiador, o setor de meios de pagamentos eletrônicos apresentou o maior crescimento trimestral em sete anos", disse Pedro Coutinho, presidente da Abecs, nesta quarta-feira (28).
Segundo ele, a expansão do mercado tem como pano de fundo maior inclusão financeira, digitalização dos pagamentos e a maior competição no setor. "Não é só a guerra de maquininhas. A indústria inteira tem trabalhado em inovação, o que tem ajudado a reduzir os custos do setor. E o Brasil ainda tem 45 milhões de desbancarizados", lembrou.
A quantidade de compras com cartões de crédito, débito e pré-pagos no primeiro semestre passou da marca de 10,3 bilhões. Segundo Coutinho, o montante corresponde a 40 mil transações por minuto. Nesse contexto, o presidente da Abecs espera que o setor ultrapasse a projeção de movimentar R$ 1,8 trilhão em 2019 - o equivalente a 25% do PIB.
"Seguramente, a representatividade do setor será maior no PIB nesse ritmo de crescimento. Vamos ultrapassar", afirmou.
Contribuem, conforme o presidente da Abecs, eventos importantes no segundo semestre que devem garantir pujança ao mercado de cartões. Como por exemplo, a Semana Brasil, criada pelo governo para incentivar o consumo; a liberação dos pagamentos de PIS e Pasep e FGTS; o Dia das Crianças, a Black Friday e o Natal.
"A perspectiva para os próximos cinco meses é de maior crescimento indústria", afirmou.