Devido aos problemas causados em outra rua do bairro, moradores e comerciantes da Maria Cândida, como Michel Wiazowski (foto), se uniram para dizer não à CET e impediram a implantação da faixa exclusiva para bicicletas
A notícia de que a rua Maria Cândida, movimentada via comercial e residencial da Vila Maria, Zona Norte de São Paulo, passaria a ter uma ciclofaixa deixou comerciantes e moradores da região indignados.
Não foi necessário fazer pesquisa para constatar que a maioria era contra a implantação da faixa exclusiva para ciclistas.
Nada contra quem adora sair por aí em cima de uma bike, ou uma “magrela” como preferem os mais antigos.
O problema é que certamente iria ocorrer lá o que costuma acontecer em muitos outros lugares de São Paulo onde a ciclofaixa foi implantada: prejuízo para o comércio.
Algumas experiências com ciclofaixas na Vila Maria tinham sido um vexame. Basta perguntar na região sobre o que havia acontecido na Curuçá, outra rua de muito trânsito e um concorrido centro comercial do bairro.
Assim que o espaço dos ciclistas começou a funcionar, inúmeros estabelecimentos comerciais fecharam as portas.
Ficou claro que a ciclofaixa e o comércio não iriam conseguir conviver pacificamente. Os amantes das bicicletas venceram. A ciclofaixa ficou. Muitos comerciantes faliram.
Era preciso unir moradores e comerciantes para que não se repetisse na Maria Cândida o que tinha ocorrido na Curuçá.
Michel Wiazowski, diretor superintendente da Distrital Nordeste da Associação Comercial de São Paulo _ ACSP, e que também atua no Conselho de Segurança (Conseg) e no Conselho Participativo Municipal, órgão da subprefeitura , decidiu ser o porta-voz dos indignados.
Bastou uma reunião com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para que a ideia de colocar a faixa exclusiva para bikes na Maria Cândida fosse esquecida.
“A reunião com a CET foi importante. Moradores e comerciantes da região mostraram que não queriam a ciclofaixa. O lazer não pode prejudicar os negócios”, afirma.
Michel é mestre em administração de empresas. Nascido e criado na região, é dono da Mega Food Refeições, especializada em montar restaurantes em empresas.
Michel também reclama da crise. Sua empresa, a Mega Food Refeições foi diretamente atingida pela onda de desemprego. Ele afirma não ter demitido nenhum de seus 40 funcionários.
Mas seus negócios foram prejudicados porque seus clientes começaram a dispensar funcionários. E então, o número de pedidos para instalação de restaurantes diminuiu sensivelmente. A Mega Food instala restaurantes em São Paulo e no Interior do estado.
“Precisamos urgentemente que a economia comece a caminhar bem”, diz.
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