Montadoras esperam recuo de 11% nas exportações de 2020
Segundo a Anfavea, o mercado interno irá sustentar o crescimento das vendas e da produção do setor
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) estima que a produção de veículos deve alcançar 3,16 milhões de unidades em 2020, alta de 7,3% em relação ao resultado de 2019, em conta que considera os segmentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
Assim como em 2018 e em 2019, a produção deve ser impulsionada somente pelo mercado interno. A Anfavea projeta aumento de 9,4% nas vendas ao consumidor brasileiro, para 3,05 milhões, e recuo de 11% nas exportações, para 381 mil unidades.
Para a associação, a demanda interna será puxada pelo crescimento do PIB, estimado em 2,5%, pelo nível sob controle da inflação e pela taxa básica de juros no menor nível da história, que favorecem o financiamento de veículos.
"Ainda há mais espaço para a taxa do CDC cair", disse o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
Em relação ao mercado externo, Moraes ressalta que a Argentina, principal destino das exportações de veículos, não apresenta sinais de recuperação no curto prazo.
"O novo governo ainda está começando e não há nenhuma novidade que indique uma retomada em 2020", afirmou.
CAMINHÕES
A Anfavea estima ainda que o mercado interno de caminhões deve crescer 16,9% em 2020, para 143 mil unidades. Em 2019 foram vendidas 122 mil unidades.
Para o mercado externo, contudo, as vendas devem cair 22,7%, para 16 mil unidades.
No ano passado foram embarcadas 21 mil unidades. Com isso, a produção de caminhões no Brasil deve avançar 13,4% neste ano, para 160 mil unidades, na projeção da Anfavea. Em 2019 o volume produzido chegou a 141 mil unidades.
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