Monitor do PIB aponta alta de 1,8% em março ante fevereiro
Segundo a FGV, o desempenho do PIB vem sendo impulsionado pela normalização do nível de atividade pré-pandemia, mas este efeito está se esgotando
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve uma alta de 1,8% em março ante fevereiro, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Na comparação com março de 2021, a atividade econômica teve expansão de 4,2% em março de 2022. No primeiro trimestre, o PIB cresceu 1,5% ante o quarto trimestre de 2021, conforme a FGV. Na comparação com o primeiro trimestre de 2021, houve expansão de 2,4% no primeiro trimestre de 2022.
"O setor de serviços destacou-se no desempenho positivo do PIB. Por ter sido fortemente impactado pela pandemia, este setor tem tido bastante espaço para crescer e recuperar o nível de atividade que possuía antes da chegada da pandemia", afirmou Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB - FGV, em nota oficial.
Segundo ela, dentre as atividades que compõem o setor, apenas as de outros serviços e de administração, educação e saúde pública ainda não haviam recuperado, no quarto trimestre de 2021, o nível de atividade pré-pandemia. Com o resultado do primeiro trimestre deste ano, a atividade de outros serviços ultrapassou o nível pré pandêmico.
"Nota-se que o desempenho do PIB ainda tem sido impulsionado pela normalização do nível de atividade pré-pandemia e este efeito está se esgotando, o que liga um alerta para a sustentabilidade do crescimento", disse.
O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.
O IBGE divulgará os resultados oficiais sobre o desempenho do PIB no primeiro trimestre de 2022 no próximo dia 2 de junho.
No primeiro trimestre de 2022 ante o mesmo período de 2021, sob a ótica da demanda, o consumo das famílias teve elevação de 3,4%, sustentado pelo componente de serviços, apontam as estimativas da FGV.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) cresceu 1,5% no período. As exportações aumentaram 9,6%, e as importações tiveram retração de 1,8%.
Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 2,458 trilhões no primeiro trimestre de 2022, em valores correntes. A taxa de investimento da economia foi de 18,4% no primeiro trimestre de 2022.
IMAGEM: Freepik