Menos da metade dos shoppings deu desconto aos lojistas na pandemia, revela ABF
A informação consta do primeiro mapeamento dos contratos de locação de franquias em shoppings realizado pela entidade
Um mapeamento nos contratos de locação de franquias instaladas em shoppings, realizado em abril pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), mostra que o custo médio de ocupação neste perfil de ponto comercial equivale a 14% do faturamento.
Foi identificado ainda que 55% das unidades não tiveram qualquer desconto concedido pelos shoppings durante o período de pandemia.
O estudo mostra que o IGP-M, indicador de inflação que acumula alta de 14,66% em 12 meses, é usado na correção de 99% dos contratos. Além disso, 75% dos shoppings pesquisados cobram luvas, 72% cobram aluguel percentual e, em média, o fundo de promoção equivale a 12% do aluguel.
Os contratos, em geral, têm prazo médio de 54 meses (32 meses no caso de quiosques).
No caso das mensalidades extras o panorama é mais diversificado, sendo que 44% dos shoppings cobram 13º aluguel, apenas 1% cobram 13º e 14º e 55% não cobram nenhum desses extras.
Em 2021, a ABF iniciou a construção de um banco de dados com foco na área imobiliária, começando pelas condições de locação em shoppings centers. O objetivo da entidade, além de ter um panorama mais acurado desta área, é entender melhor os desafios enfrentados nas negociações, permitindo o direcionamento de ações.
O Banco de Dados Imobiliário da ABF conta hoje com aproximadamente 150 marcas de franquia participantes, que possuem 350 lojas de shoppings cadastradas em todo o País.
“O Banco de Dados Imobiliário faz parte da estratégia de transformação digital da própria ABF. Por meio da inteligência de dados e de uma co-criação com nossos associados, queremos gerar cada vez mais valor e capacidade analítica para as franquias, auxiliando assim o desenvolvimento do setor. Além disso, à medida que mais marcas façam sua adesão ao projeto, teremos uma visão ainda mais ampla e profunda do panorama imobiliário do setor”, afirma André Friedheim, presidente da ABF.
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