Fluxo em supermercados e atacarejos volta a níveis pré-pandemia
Visita de consumidores às lojas aumenta 9%, segundo a Scanntech, mas compras estão menores, como em 2019
Quando a pandemia começou, o hábito de compras das pessoas em supermercados e atacarejos mudou. Ao longo da pandemia os consumidores começaram a fazer compras maiores, com menos frequência.
Após dois anos do início da pandemia e muitas mudanças de comportamento e rotinas, em abril o fluxo dos consumidores nos supermercados e atacarejos regionais voltou ao cenário pré-pandemia, assim como o tamanho das compras, de acordo com estudo Radar, da Scanntech Brasil.
Segundo com o Radar, houve um aumento significativo no fluxo de pessoas nas lojas comparado a igual mês de 2021 (9%), além de uma estabilização na retração em unidades por ticket (-10,3%).
“Se compararmos abril de 2022 com 2019, o comportamento de compra do consumidor está como antes, com mais visita nas lojas e compras menores. É o 'novo normal com cara de velho'”, afirma Priscila Ariani, diretora na Scanntech.
O ticket em unidades também volta aos mesmos patamares de 2019. Pela pesquisa, o ticket médio retoma crescimento em valor versus Abril’21 (+5,4%), sendo o melhor mês do ano.
O canal com maior crescimento em faturamento foi o Atacarejo regional, devido ao maior aumento de preços. As cestas que se destacam neste canal são perecíveis (+15,5%), mercearia básica (+14,3%) e pet (+16,5%), que crescem dois dígitos em valor. Enquanto, mercearia, bebidas e perfumaria vão melhor no supermercado, retraindo menos em unidades.
VENDA DE ÁLCOOL EM GEL CAI
Ao longo dos últimos meses, com a queda das medidas restritivas da pandemia, como uso de máscaras e distanciamento social, temos acompanhado mudanças no comportamento do consumidor.
Os dados da Scanntech Brasil, vem sendo registrada também uma menor preocupação com os produtos de limpeza e antissépticos por parte da população. O álcool antisséptico teve uma queda (-54%) em vendas de unidades ante 2021, com variação negativa (-50%) também em valor.
Mas, não foi apenas o onipresente álcool em gel que teve menor saída. Produtos de limpeza em geral, assim como o próprio álcool comum, tiveram uma variação negativa (-33%) em unidades e em valor (-20%).
Isso indica que, além do álcool em gel, a população está mais despreocupada com a limpeza exaustiva de ambientes e produtos que era feita no período mais crítico da pandemia.
IMAGEM: Fábio D´Castro/DC