Fluxo em supermercados e atacarejos volta a níveis pré-pandemia

Visita de consumidores às lojas aumenta 9%, segundo a Scanntech, mas compras estão menores, como em 2019

Redação DC
17/Mai/2022
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Quando a pandemia começou, o hábito de compras das pessoas em supermercados e atacarejos mudou. Ao longo da pandemia os consumidores começaram a fazer compras maiores, com menos frequência. 

Após dois anos do início da pandemia e muitas mudanças de comportamento e rotinas, em abril o fluxo dos consumidores nos supermercados e atacarejos regionais voltou ao cenário pré-pandemia, assim como o tamanho das compras, de acordo com estudo Radar, da Scanntech Brasil.

Segundo com o Radar, houve um aumento significativo no fluxo de pessoas nas lojas comparado a igual mês de 2021 (9%), além de uma estabilização na retração em unidades por ticket (-10,3%). 

“Se compararmos abril de 2022 com 2019, o comportamento de compra do consumidor está como antes, com mais visita nas lojas e compras menores. É o 'novo normal com cara de velho'”, afirma Priscila Ariani, diretora na Scanntech.

O ticket em unidades também volta aos mesmos patamares de 2019. Pela pesquisa, o ticket médio retoma crescimento em valor versus Abril’21 (+5,4%), sendo o melhor mês do ano.

O canal com maior crescimento em faturamento foi o Atacarejo regional, devido ao maior aumento de preços. As cestas que se destacam neste canal são perecíveis (+15,5%), mercearia básica (+14,3%) e pet (+16,5%), que crescem dois dígitos em valor. Enquanto, mercearia, bebidas e perfumaria vão melhor no supermercado, retraindo menos em unidades.

VENDA DE ÁLCOOL EM GEL CAI  

Ao longo dos últimos meses, com a queda das medidas restritivas da pandemia, como uso de máscaras e distanciamento social, temos acompanhado mudanças no comportamento do consumidor.

Os dados da Scanntech Brasil, vem sendo registrada também uma menor preocupação com os produtos de limpeza e antissépticos por parte da população. O álcool antisséptico teve uma queda (-54%) em vendas de unidades ante 2021, com variação negativa (-50%) também em valor.

Mas, não foi apenas o onipresente álcool em gel que teve menor saída. Produtos de limpeza em geral, assim como o próprio álcool comum, tiveram uma variação negativa (-33%) em unidades e em valor (-20%).

Isso indica que, além do álcool em gel, a população está mais despreocupada com a limpeza exaustiva de ambientes e produtos que era feita no período mais crítico da pandemia. 

IMAGEM: Fábio D´Castro/DC

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