Fluxo de clientes em lojas físicas cai 1,1% em 2024, informa Ablos

A queda foi mais forte nas lojas de rua, onde o movimento diminuiu 3,9%. Nos shoppings, o recuo foi de 0,4%

Redação DC
29/Jan/2025
  • btn-whatsapp
Fluxo de clientes em lojas físicas cai 1,1% em 2024, informa Ablos

Inflação, dólar alto, avanço dos marketplaces. Por diversos motivos, ano a ano o consumidor tem ido menos às lojas de rua e de shoppings. Em 2024, o fluxo médio diário de pessoas no varejo físico registrou retração de 1,1% na comparação com 2023. No confronto com 2022, o recuo é ainda mais intenso, de 5,1%.

Nas lojas de rua, em 2024 o fluxo de clientes diminuiu 3,9% ante 2023. Nos shoppings, o recuo foi de 0,4%. Os dados, do Índice de Consumidores no Varejo (ICV), realizado com mais de 1,7 mil lojas no país, fazem parte de levantamento da Virtual Gate a pedido da Associação Brasileira dos Lojistas Satélites de Shoppings (Ablos).

FLUXO DE CLIENTES

  2024/2023 2024/2022
RUA -3,9% -12%
SHOPPING -0,4% -3,1%
GERAL - 1,1% - 5,1%

 

Por região, no caso das lojas de rua, apenas no Norte do país houve aumento (8%) no fluxo de clientes em 2024, na comparação com o ano anterior. Nas demais regiões o movimento caiu: no Sul, queda de 6%; no Sudeste, de 4%; Centro-Oeste, 3%; e no Nordeste, de 1%.

Nas lojas de shoppings a dinâmica foi mais positiva. As quedas ocorreram nas regiões Norte (2%) e Sudeste (1%). Nas demais regiões a alta foi de 1%.

No recorte por classes socioeconômicas, só foi constado aumento no movimento entre os clientes de shoppings da classe C, com alta de 1% na comparação entre 2024 e 2023. Nesse critério, as quedas mais significativas foram encontradas entre consumidores de lojas de rua das classes A e D, ambas registrando queda de 5%. 

POR CATEGORIAS

Nas lojas de shoppings, alguns segmentos tiveram desempenho positivo na comparação 2023/2024, como acessórios, alta de 7%, cosméticos (9%) e moda íntima feminina (3%). Nas de rua, os destaques foram cosméticos, com aumento no fluxo de 1%, e artigos esportivos (8%).

Em outras categorias, como móveis, lojas de departamento, home centers, calçados e vestuário, a retração foi generalizada, tanto nas lojas de rua como nas de shoppings.  

Para o presidente da Ablos, Mauro Francis, nos últimos três anos os lojistas enfrentaram desafios significativos, marcados pelo cenário econômico incerto, inflação, endividamento crescente da população, a concorrência desleal das plataformas de marketplace estrangeiras, a proliferação dos jogos de azar nas bets e a mudança no comportamento do consumidor.

"Nesse cenário, é fundamental desenvolver estratégias eficazes para estimular o retorno dos consumidores às lojas físicas, revitalizando o fluxo de visitantes e promovendo a recuperação do setor. Assim, a colaboração entre lojistas e shoppings se torna essencial para atrair e engajar o público novamente”, acredita. 

 

IMAGEM: Paulo Pampolim/DC

O Diário do Comércio permite a cópia e republicação deste conteúdo acompanhado do link original desta página.
Para mais detalhes, nosso contato é [email protected] .

Store in Store

Carga Pesada

Vídeos

Rodrigo Garcia, da Petina, explica a digitalização do comércio popular de São Paulo

Rodrigo Garcia, da Petina, explica a digitalização do comércio popular de São Paulo

Alexandra Casoni, da Flormel, detalha o mercado de doces saudáveis

Conversamos com Thaís Carballal, da Mooui, às vésperas da abertura de sua primeira loja física