Falta trabalho para 27,7 milhões, revela IBGE

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e se referem ao primeiro trimestre

Estadão Conteúdo
17/Mai/2018
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A taxa composta de subutilização da força de trabalho avançou de 23,6% no quarto trimestre de 2017 para 24,7% no primeiro trimestre deste ano, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) Trimestral, divulgados na manhã desta quinta-feira (17/05), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado equivale a dizer que faltava trabalho para 27,7 milhões de pessoas no primeiro trimestre do ano. No mesmo trimestre de 2017, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 24,1%.

Tanto a taxa de composta de subutilização da força de trabalho quanto o contingente de pessoas nessa situação registraram no primeiro trimestre o nível recorde da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012.

O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial - pessoas que não estão em busca de emprego, mas estariam disponíveis para trabalhar.

A taxa combinada de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação foi de 19,1% no primeiro trimestre de 2018. Havia, segundo o IBGE, o equivalente a 6,2 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas e 13,7 milhões de desocupados. No quarto trimestre de 2017, o indicador tinha ficado em 18%.

LEIA MAIS: País perdeu 1,5 milhão de postos de trabalho

O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior, somadas às pessoas que buscam emprego.

Já a taxa combinada da desocupação e da força de trabalho potencial - que abrange as pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho, ou que procuraram, mas não estavam disponíveis para trabalhar (força de trabalho potencial) - foi de 19,2% no primeiro trimestre, o que representa 21,5 milhões de pessoas nessa condição. No quarto trimestre de 2017, essa taxa estava em 17,8%.

EM SÃO PAULO

A taxa de desocupação no Estado de São Paulo subiu de 12,7% no quarto trimestre de 2017 para 14,0% no primeiro trimestre deste ano. No mesmo períodode 2017, entretanto, a taxa de desemprego em São Paulo estava em 14,2%. 

A taxa de desocupação no total do País no primeiro trimestre foi de 13,1%, ante 11,8% no quarto trimestre, como informou o IBGE em 27 de abril.

Em relação ao quarto trimestre de 2017, a taxa de desocupação subiu em todas as regiões: Norte (de 11,3% para 12,7%), Nordeste (de 13,8% para 15,9%, as maiores entre as cinco regiões), Sudeste (de 12,6% para 13,8%), Sul (de 7,7% para 8,4%) e Centro-Oeste (de 9,4% para 10,5%).

Os Estados com as maiores taxas de desocupação no primeiro trimestre foram: Amapá (21,5%), Bahia (17,9%), Pernambuco (17,7%), Alagoas (17,7%) e Maranhão (15,6%).

As menores taxas foram de Santa Catarina (6,5%): Mato Grosso do Sul (8,4%), Rio Grande do Sul (8,5%) e Mato Grosso (9,3%).

 

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