Emprego volta a crescer no interior paulista
Em grandes polos regionais, como Campinas, Sorocaba e Botucatu, os dados do Caged mostram que a geração de vagas de trabalho superou os postos fechados
Foram criados 9.211 postos de trabalho na Região Metropolitana de Campinas (RMC) em 2018, resultantes da admissão de 354.602 funcionários, contra a demissão de 345.391. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Trata-se do primeiro saldo positivo desde 2013, quando foram criados 16.565 postos de trabalho. A avaliação é da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC).
O resultado positivo de empregos na RMC, em 2018, foi liderado pelo setor de Serviços, que gerou 8.017 vagas, seguido do comércio, que abriu 1.375 vagas formais de empregos.
Já o setor de construção civil fechou 360 postos formais na RMC no ano passado, mas, apesar disso, mostra sinais de recuperação diante da situação de 2017, quando 1.229 vagas foram eliminadas.
CAMPINAS
Na cidade de Campinas foram criados 4.973 postos, resultantes da admissão de 146.923 funcionários, contra a demissão de 141.950. É, também, o primeiro saldo positivo desde 2013, quando foram criados 6.554 postos de trabalho.
“Apesar de a evolução do emprego formal ter se apresentado relativamente baixa, verificamos um crescimento lento, mas positivo, frente ao impacto da crise econômica. Para este ano, a perspectiva é a de continuação de uma expansão mais acelerada na geração de empregos, pautada, principalmente, pela questão das reformas que o governo deve realizar, com destaque para a da Previdência e a Tributária”, afirma Adriana Flosi, vice-presidente da ACIC.
SOROCABA
O nível de emprego em Sorocaba fechou 2018 com saldo positivo, segundo o Caged. O setor do comércio apresentou estabilidade, com leve alta de 175 vagas criadas.
Quem mais movimentou o mercado de trabalho foi o setor de serviços, que fechou 2018 com crescimento de 3,45%, gerando 2.772 vagas.
Segundo Carla Giuliani, do setor de Economia da Associação Comercial de Sorocaba (ACSO), no conjunto dos setores que se relacionam diretamente com o consumidor (comércio e serviços), 2018 encerrou com resultado positivo, crescimento de 2,8%, com a geração de cerca de 3 mil novas vagas de trabalho.
Já o setor de indústria de transformação registrou em 2018 resultado negativo de 0,19%.
BOTUCATU
A recuperação gradual da economia brasileira mostra seus reflexos também em Botucatu. O município encerrou 2018 com a criação de 2.271 novas vagas de emprego segundo o Caged.
Os setores que mais contrataram nos últimos doze meses foram serviços (6.884), agropecuária (3.656), comércio (3.862) e indústria (2.745).
Emílio Angella Neto, presidente da Associação Comercial e Empresarial de Botucatu (ACEB), destaca que os números registrados pelo Caged reforçam a percepção da recuperação econômica botucatuense.
“Há que se constatar algumas mudanças significativas na dinâmica econômica. Tivemos um impacto gritante da crise na agropecuária e na indústria, onde as grandes empresas passaram por processos de reestruturação, como a Duratex e a Eucatex, além da indefinição que ainda paira sobre o futuro da Embraer. No entanto, outras grandes empresas do setor comercial se instalaram na região nos últimos meses, além de uma influência grande da área de serviços, que expandiu significativamente em Botucatu”, disse Angella Neto.
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