Em uma semana, novo consignado privado liberou R$ 1,28 bilhão

Valor médio do empréstimo foi de R$ 6.623,48, com parcelas médias de R$ 347,23 e prazo médio de pagamento de 19 meses

Estadão Conteúdo
28/Mar/2025
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Em uma semana, novo consignado privado liberou R$ 1,28 bilhão

Nos primeiros sete dias de liberação, o novo crédito consignado privado teve concessões equivalentes a 75,8% do volume emprestado pelos bancos nessa linha em janeiro através do modelo antigo. Além disso, já registrou 80% da concessão mensal média no consignado privado ao longo de 2024.

Entre a sexta-feira passada, 21, e a quinta, 27, foram R$ 1,28 bilhão em concessões, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em janeiro inteiro, com o modelo antigo ainda em vigor, foram concedidos R$ 1,69 bilhão em operações de consignado privado, de acordo com o Banco Central.

Ao longo de 2024, a concessão mensal foi em média de R$ 1,602 bilhão. O volume foi consideravelmente maior nas linhas destinadas a aposentados e pensionistas do INSS, com R$ 8,6 bilhões; e a servidores públicos, em que foi de R$ 8,4 bilhões.

O novo consignado privado permite que os bancos façam ofertas de crédito a todos os trabalhadores com carteira assinada, porque as instituições passam a consultar os dados do eSocial, sistema do governo em que as empresas mantêm as informações sobre suas folhas de pagamento.

No modelo existente até então, as instituições só tinham acesso aos dados de funcionários de empresas com as quais haviam firmado convênios. Era um modelo que exigia um grande esforço comercial, o que aumentava os custos e restringia o acesso a esse crédito a trabalhadores de poucas empresas.

Com a mudança, o governo espera que cerca de 25 milhões de trabalhadores tenham acesso ao consignado privado. A expectativa também é de que as taxas sejam menores que as do crédito pessoal sem garantia, e a medida provisória que criou o novo programa estimula a troca de uma operação pela outra.

Valor dos empréstimos

Nesta primeira semana desde o lançamento do novo consignado, foram formalizados 193,7 mil contratos. Os trabalhadores interessados enviaram 11,6 milhões de propostas de crédito neste período, e o valor médio do empréstimo foi de R$ 6.623,48, com parcelas médias de R$ 347,23 e um prazo médio de pagamento de 19 meses.

A título de comparação, a carteira total do consignado privado pelo modelo antigo, de convênios entre os bancos e as empresas, tinha saldo de R$ 41,1 bilhões em janeiro, de acordo com os dados do Banco Central. A estimativa do setor financeiro é que a nova modalidade chegue a R$ 120 bilhões, por ter menos barreiras de entrada para os trabalhadores.

"Esse grande volume de recursos em apenas sete dias mostra a necessidade dos trabalhadores por crédito, que buscam recuperar sua saúde financeira trocando opções mais caras, como o crédito rotativo do cartão, por alternativas mais acessíveis", diz em nota o ministro em exercício da pasta, Francisco Macena.

Ainda de acordo com ele, é recomendável que os trabalhadores contratem o crédito "com calma", avaliando as condições financeiras e buscando a oferta mais vantajosa. "É recomendável, inclusive, aguardar um número maior de instituições financeiras apresentarem suas ofertas", disse ele.

Caso queira cancelar o empréstimo contratado, o trabalhador tem sete dias corridos a partir do recebimento do crédito para devolver o valor integral ao banco que o concedeu. Ele também pode migrar para uma oferta mais vantajosa se for o caso, afirma o MTE.

 
IMAGEM: SXC

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