Em abril, varejo perde vendas e fluxo de clientes nas lojas cai

Nos estabelecimentos comerciais de rua, a queda no movimento de consumidores foi maior do que nos shoppings. Em 12 meses, o recuo nas vendas foi de 5% segundo a Boa Vista SCPC

Redação DC
24/Mai/2016
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Em abril, varejo perde vendas e fluxo de clientes nas lojas cai

Os juros elevados, a piora do mercado de trabalho e a inflação em patamar elevado ainda influenciam o recuo de 5% nas vendas do varejo e uma queda de 1,8% do fluxo de clientes nas lojas. É o que mostram diferentes indicadores do varejo.

Um indicador que mede o fluxo de visitantes no varejo, realizado pela empresa de inteligência para o varejo físico Seed Digital, mostra que a queda foi de 1,8% em abril na comparação com março. Neste intervalo, quem mais sofreu com a falta de clientes foram as lojas de rua, nas quais o recuo foi de 6,4%.

Nos shoppings houve um ligeiro aumento de 0,09% no fluxo de pessoas, também na comparação com março.  Segundo a empresa, os shoppings atrairam mais clientes por causa de promoções e sorteios realizados antes da semana do Dia das Mães, em maio.

O indicador da Seed Digital leva em consideração o fluxo de consumidores nas lojas de empresas que contratam a tecnologia da empresa, ou seja, que têm sensores de contagem de pessoas nas entradas dos estabelecimentos. 

QUEDA NAS VENDAS DO COMÉRCIO

Com lojas vazias, o comércio varejista teve menos chances de vender. Em 12 meses acumulados até abril esse recuo foi de 5% na comparação com igual período do ano passado, segundo a Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). O resultado marcou um novo recorde negativo na série histórica da empresa para o período, iniciada em 2010.

Em nota, a Boa Vista SCPC informou que abril intensifica a tendência de queda mostrada pelo varejo desde julho de 2015, quando entrou em território negativo. "Com as mesmas adversidades vivenciadas no ano passado, as vendas do varejo para o ano deverão permanecer negativas até o final do ano, marcando outro ano consecutivo de desempenho negativo do setor", informou.

Na comparação mensal, também permaneceu em patamar negativo, com recuo de 0,4% ante março deste ano. No confronto de abril deste ano sobre igual mês de 2015, o recuo foi de 5,2%. 

O resultado de abril ante março mostra que o setor que mais registrou prejuízo foi o de Móveis e Eletrodomésticos, com recuo de 2,3%. A categoria de Tecidos, Vestuários e Calçados caiu 0,6% no mês. O segmento de Combustíveis e Lubrificantes apresentou queda de 0,2% no mês. Apenas um setor teve desempenho melhor: o de Supermercados, Alimentos e Bebidas, que teve alta de 1,1% nas vendas em abril.

FOTO: Fátima Fernandes

 

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