Declínio acelerado

É incrível a rapidez com que se deteriora a imagem de um governo iniciado há apenas três semanas

Paulo Saab
21/Jan/2015
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Vamos falar a verdade.

E a verdade, vou dizer de novo, é que a sociedade brasileira, em diferentes graus e degraus, está cansada do estilo petista de governar.

Com a sempre presente adesão de partidos e políticos que perderam a identidade ideológica para receber esmolas de poder (muito dinheiro público), a força governista virou um monstro que está se revelando ingovernável.

A presidente Dilma não tem talento político nem paciência pessoal para esse tipo de jogo, onde ela fica dependente de conversações que não faz. E refém de sua incapacidade pessoal de gerir tudo isso.

Outro detalhe importante: a própria mídia nacional, abarrotada de verbas oficiais em todos os segmentos, não consegue também esconder mais os malfeitos governamentais na política econômica e nas negociações políticas.

Editoriais, reportagens artigos assinados, antes tímidos, agora criticam os donos do pote de ouro, chamado erário.

Não é de se admirar. Quando um ministro de Estado vem dizer que Deus é brasileiro e fará chover, a conclusão que chega é bem popular: A coisa está feia mesmo.

Está em andamento acelerado –e em início de governo- um nítido processo de esgotamento da fantasia vendida como a de um Brasil sem problemas, e visível cansaço com quem ocupa cargos importantes, tendo como principal arma a propaganda enganosa e o ataque a quem os ousa criticar.

Essa é a verdade.

O PT pega fogo por dentro também com a crise instalada pelas declarações da senadora Marta Suplicy contra o próprio PT. 

Parêntese: Haddad vai dar emprego a Eduardo Suplicy, senador derrotado nas últimas eleições, como seu Secretário de Direitos Humanos. Agora fiquei com pena de Haddad. Não tem ideia da encrenca que vem aí... Fecha Parêntese.

A questão da energia elétrica, a crise do Petrolão, o aumento de impostos, o veto ao alívio no Imposto de Renda, a ausência de Dilma (na campanha dava coletiva todo dia), as medíocres nomeações políticas e os embates com os partidos e políticos, e muito mais, fazem da nova gestão Dilma um fracasso que gera desalento.

Em vez de diminuir gastos, aumenta impostos brutalmente.
Isto para saciar o apetite dos governantes e políticos que deveriam agir em nome do povo. Usam o povo no discurso, na propaganda. Mas por trás, nas ações, só pensam nos interesses pessoais.

Por isso assusta aos “estrategistas” do Planalto ligados ao PT (Mercadante, é o principal. É brincadeira?) o acelerado desgaste do governo Dilma junto ao meio político e empresarial brasileiro.

Embora sempre se argumente que a massa eleitora do PT não lê jornais, ela está sentindo na pele (no bolso) o efeito da inflação e de tudo que a inépcia da antiga equipe econômica, liderada pela presidente, propiciou e repete, agora, fazendo tudo que disse que não faria e acusou Aécio de pretender fazer.

A história não vai perdoar tantos erros, equívocos, maldades, mentiras, contradições.

E o desgaste, o declínio acelerado, da gestão petista (na capital paulista também) é um sinalizador de que vai faltar ar na metade do primeiro tempo. Ainda estamos nos cinco minutos iniciais.

A coisa, repito, está feia. E com esse calor então...

Faltou já mais energia elétrica na gestão Dilma do que de seus antecessores. Ela era ministra da Energia. E disse que jamais haveria apagão novamente.

Por que não te calas?

Aliás, está calada demais. Não tem o que dizer.

 

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