Confiança da construção avança no primeiro trimestre

O período fechou com alta de 2,9 pontos sobre o trimestre anterior e de 7,2 pontos sobre o primeiro trimestre de 2017, de acordo com a FGV

Agência Brasil
26/Mar/2018
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Confiança da construção avança no primeiro trimestre

O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou 0,7 ponto de fevereiro para março e chegou a 82,1 pontos.

O primeiro trimestre deste ano fechou com altas de 2,9 pontos sobre o trimestre anterior e de 7,2 pontos sobre o primeiro trimestre de 2017.

A alta do indicador deveu-se tanto à melhora da situação corrente das empresas quanto às perspectivas de curto prazo do empresariado.

O Índice da Situação Atual cresceu 0,9 ponto entre fevereiro e março deste ano, atingindo 71,4 pontos, o maior nível desde julho de 2015 (71,7 pontos).

O principal destaque do Índice da Situação Atual foi a melhora da percepção corrente sobre a carteira de contratos, que avançou 1,4 ponto, passando a 68,9 pontos.

Já o Índice de Expectativas subiu 0,5 ponto de fevereiro para março e atingiu 93,2 pontos. O componente que mais influenciou a alta do Índice de Expectativas foi a demanda para os três meses seguintes, que cresceu 1,4 ponto, para 92,1 pontos.

De acordo com a FGV, o resultado de março mostra que “a confiança empresarial retomou a trilha de recuperação observada desde junho do ano passado, fechando o trimestre com alta relevante, o que reforça as projeções de crescimento setorial. Por outro lado, os sinais positivos ainda estão restritos a poucas atividades, destacando-se principalmente o segmento de edificações”.

A alta da confiança registrada pelo segmento de edificações reflete exclusivamente a percepção mais favorável dos empresários do ramo residencial: nos primeiros três meses do ano, o ICST de edificações residencial foi o que mais contribuiu o aumento da confiança do setor.

O nível de utilização da capacidade do setor recuou pelo segundo mês seguido, caindo 0,5 ponto percentual e atingindo 65%.

CNI

Os empresários da indústria da construção apostam na recuperação do setor nos próximos seis meses, segundo aponta a Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta segunda-feira, 26, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a pesquisa, o índice de confiança dos empresários da construção (Icei-Construção) subiu para 57 pontos em março, ante 56,3 pontos de fevereiro.

Entre os componentes do Icei-Construção, o Indicador de percepção sobre as condições atuais ficou em 50,3 pontos, acima da linha divisória dos 50 pontos. Segundo a Sondagem, isso mostra que os negócios pararam de piorar. O indicador de expectativa aumentou 0,7 ponto em relação a fevereiro, atingindo 60,5 pontos, "mostrando que os empresários estão otimistas com o desempenho do setor nos próximos seis meses".

"A retomada da economia e a queda da taxa básica de juros são essenciais para a recuperação do setor e contribuem para as perspectivas positivas dos empresários", diz a economista da CNI, Flávia Ferraz.

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A pesquisa também aponta que os empresários apostam no aumento do nível de atividade, na contratação de novos empreendimentos e serviços, no crescimento das compras de matérias-primas e insumo e do número de empregados nos próximos seis meses. Todos esses indicadores ficaram acima dos 50 pontos em março. Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando ficam acima de 50 mostram que os empresários estão confiantes.

Já com relação a investimentos, por outro lado, os empresários continuam pouco dispostos a investir. O indicador de intenção de investimento caiu 1 ponto em relação a fevereiro e ficou em 31,1 pontos em março. Esse indicador também varia de zero a 100 pontos e quanto menor o indicador, menor é a propensão para o investimento.

Segundo o documento da CNI, uma das causas para a baixa intenção de investir é a elevada ociosidade do setor. O nível de utilização da capacidade instalada na indústria da construção ficou em 57% em fevereiro, ante 60% em janeiro.

Ainda de acordo com a pesquisa, a atividade e o emprego na construção continuaram caindo em fevereiro. O indicador de nível de atividade ficou em 46,2 pontos e o de número de empregos chegou a 44,1 pontos. Nesse caso, os índices também variam de zero a 100 pontos e, quando estão abaixo de 50 pontos, mostram queda da atividade e do emprego.

A Sondagem Indústria da Construção foi feita entre 1º e 13 de março com 599 empresas.

IMAGEM: Thinkstock

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