Comércio eletrônico projeta faturar R$ 2,55 bi com Dia dos Pais
FecomercioSP prevê, porém, que a data será marcada por presentes de baixo preço

O comércio eletrônico deve movimentar R$ 2,55 bilhões no Dia dos Pais, de acordo com previsão da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Segundo a entidade, a data, que é considerada uma das mais importante para o varejo, deve ter um crescimento de 14%, quando comparado com o mesmo evento do ano passado.
A Associação estima que cerca de 8,63 milhões de pedidos sejam realizados no período de 20 de julho a 10 de agosto, com um tíquete médio de R$ 296. As principais categorias de produtos a serem buscados na data são Informática, Celulares, Eletrônicos, Materiais esportivos e Moda e Acessórios.
“O Dia dos Pais sempre movimenta muito no varejo. O mundo mais digital e conectado potencializa ainda mais os pedidos no e-commerce. A expectativa não poderia ser melhor”, explica Mauricio Salvador, Presidente da ABComm.
Já o comércio de São Paulo não tem grandes expectativas em relação às vendas para o Dia dos Pais. De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a data deverá ser marcada pela compra de “lembrancinhas”, presentes que não causem impacto no orçamento, assim como ocorreu no Dia dos Namorados.
De acordo com a entidade, o Índice de Consumo das Famílias (ICF) está patinando, com recuo de 3,2% em julho.
“Embora o consumidor esteja mais disposto a ir às compras, [como apontou alta de 3,3% do Índice de Confiança do Consumidor em julho], as instituições financeiras ainda seguram o crédito diante da inflação e do alto índice de desemprego no país”, destaca a FecomercioSP, em nota.
Segundo a entidade, os bancos só deverão liberar crédito quando houver queda nos índices de desemprego, para não correr o risco de elevação da inadimplência.
A expectativa da FecomercioSP é que as vendas do segundo semestre sejam impulsionadas nos meses de novembro e dezembro com as promoções da Black Friday e do Natal.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) e o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), utilizados pela federação, são apurados mensalmente com dados de cerca de 2,1 mil consumidores.