Comércio deve movimentar R$ 1,8 bi no Dia dos Namorados, diz CNC
Se atingido, valor representará alta de 29,4% em relação ao alcançado em igual data do ano passado. Vestuário deve ser presente mais procurado
O Dia dos Namorados deve movimentar R$ 1,8 bilhão em vendas no varejo brasileiro este ano. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e aponta um crescimento de 29,4% em relação à mesma data no ano passado, período marcado pelo início do processo de flexibilização da economia após as restrições impostas pela pandemia.
As vendas, no entanto, devem ficar 4% abaixo do patamar verificado em 2019, quando totalizaram R$ 1,87 bilhão.
Em 2020, o consumo no comércio voltado à data registrou queda histórica de 25,3%, totalizando R$ 1,39 bilhão em vendas. O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destaca que o 12 de junho é importante para o varejo e que tende a ir além do comércio de bens, impulsionando também o setor de serviços, como a cadeia de restaurantes, estética e outros – um desafio extra enquanto a pandemia perdurar.
VESTUÁRIO
Carro-chefe das vendas associadas à data, o segmento de vestuário, calçados e acessórios deverá movimentar R$ 797 milhões, o equivalente a 44% do total.
Em 2020, as lojas do ramo de vestuário amargaram perdas de 43% em relação à data de 2019.
Destacam-se ainda os ramos de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (R$ 291,8 milhões), hiper e supermercados (R$ 204,1 milhões) e farmácias, perfumarias e lojas de cosméticos (R$ 168,6 milhões).
O economista da CNC responsável pelo estudo, Fabio Bentes, explica que a expectativa quanto à maior movimentação neste ano resulta da redução nos níveis de isolamento social.
“Na segunda quinzena de maio do ano passado, por exemplo, a concentração de consumidores em áreas comerciais havia recuado 53% em relação à circulação verificada antes do início da pandemia, de acordo com monitoramento realizado junto ao Google. Embora o consumo presencial ainda não tenha se normalizado, na segunda metade de maio de 2021 a concentração da população nestas áreas aumentou, situando-se 22% aquém da circulação considerada normal”, aponta.
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