Cade arquiva dois processos contra o Google

A companhia de tecnologia havia sido acusada de copiar conteúdo de concorrentes para utilizar nos resultados de seu mecanismo de busca

Agência Brasil
21/Jun/2019
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Cade arquiva dois processos contra o Google

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) arquivou uma denúncia de prática anticompetitiva contra o Google.

A companhia de tecnologia havia sido acusada de copiar conteúdo de concorrentes para utilizar nos resultados de seu mecanismo de busca. O órgão brasileiro antitruste não deu andamento à ação por não conseguir comprovar a denúncia.

O Google é a empresa responsável pelo mais popular mecanismo de busca na internet, de mesmo nome, além de controlar outros importantes serviços, como a plataforma de vídeo YouTube, o sistema operacional Android e o navegador Chrome. Todos esses são líderes de mercado em seus segmentos, inclusive no Brasil.

Na denúncia, a empresa E-commerce Media Group Informação e Tecnologia, que controla os sites de comércio eletrônico Buscapé e Bondfaro, acusava o Google de copiar suas informações de avaliações de produtos e exibir como conteúdo próprio nos resultados do seu serviço de venda de produtos online, o Google Shopping.

O Cade analisou resultados exibidos entre 2011 e 2016 e informou não ter encontrado materialidade da prática de exibição de conteúdo não autorizado apontado pela empresa denunciante.

Por meio de nota, o Google informou que recebeu com satisfação a decisão pelo arquivamento do caso. “Estamos confiantes de que nossos produtos e serviços estão em conformidade com as leis brasileiras e continuaremos colaborando com o órgão”.

NOVA INVESTIGAÇÃO

Apesar de recusar a acusação, o tribunal do conselho solicitou à superintendência uma investigação sobre abuso de poder econômico do Google no mercado de buscadores, bem como no mercado de notícias, onde um dos conselheiros apontou indícios de prática anticompetitiva.

Segundo a consultoria Statista, no Brasil o Google controla 97,5% do mercado de busca. Em seguida vêm Bing (1,1%) e Yahoo (1,16%).

FOTO: Arquivo Reuters/ Agência Brasil

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