A Inteligência Artificial não deveria ter nos salvado da covid-19?
A I.A. dos filmes está um pouco distante dos dias atuais. Serão necessários alguns anos para que possa responder rapidamente a situações inesperadas e pouco convencionais como a que estamos passando
Nos últimos anos tivemos um “boom” no uso de inteligência artificial em diversas indústrias e, por isso, ela foi considerada uma grande ameaça para os empregos e base para inovação disruptiva em muitos negócios. A medicina era uma das áreas que vislumbravam uma grande evolução com a adoção dessa tecnologia em larga escala para predição de doenças e diagnósticos rápidos e precisos.
Quando a covid-19 chegou aos Estados Unidos, em fevereiro, a ideia de usar inteligência artificial para diagnosticar a nova doença frente a outras com os mesmos sintomas parecia bem promissora, uma vez que, algoritmos poderiam analisar uma quantidade enorme de exames de imagens e identificar se a pneumonia era ocasionada por uma gripe comum ou pelo novo vírus.
Mesmo com muitas iniciativas, até o momento nenhuma prosperou a ponto de atingir a maturidade para ser adotada com segurança. E isso ocorreu por dois motivos: a falta de dados consolidados e o tempo para o aprendizado de máquina se tornar efetivo.
Isso nos leva a deduzir que a Inteligência Artificial dos filmes está um pouco distante dos dias atuais, ou seja, ainda serão necessários alguns anos, muitos dados e processamento para que mecanismos de inteligência possam responder rapidamente a situações inesperadas e pouco convencionais como a que estamos passando.
Contudo, se daqui a 10 anos acontecer – Deus nos livre – mas, se acontecer uma nova epidemia, o cenário de combate deve ser completamente outro e veremos a I.A. desempenhar um papel de protagonismo, auxiliando de forma efetiva na solução do problema: cruzando informações e realizando testes expressivos instantaneamente e, quem sabe, encontrando a cura ou a vacina em tempo recorde.
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