A importância da imprensa livre
Nestes tensos dias que correm, o Brasil precisa, mais do que nunca, valorizar a liberdade de imprensa que temos. É ela que tem sido a defesa da sociedade das maquinações desonestas dos que manipulam inverdades com fins políticos.
Sem dar chance de a propagação de fatos e declarações inverídicas manchar a disputa eleitoral. Livre e plural, isenta no noticiário e que dê opinião em textos assinados é claro.
A presença e a importância das redes sociais só veio a confirmar o valor e a responsabilidade da imprensa, jornais, rádios e televisões, que respondem, inclusive, perante a lei pelo que publicam ou veiculam.
Por isso, antes de compartilhar publicação de cunho político nas redes sociais, é prudente que as mesmas tenham origem nos sites de órgãos de imprensa.
Na televisão nota-se a irritação de comentaristas com as pesquisas que refletem a vontade popular. Comentar não é opinar de forma preconceituosa.
Hoje, quem veicula as chamadas “fake news” pode responder por crime perante a lei. E esta vigilância legal não trata de censurar, mas, sim, de coibir o mau uso das redes por pessoas ou grupos inescrupulosos.
As acusações cruzadas envolveram, na verdade, quase todos os postulantes, alvos de ataques que chegam a beirar o ridículo. É comum se atribuir a este ou aquele candidato absurdos como o de serem contra raças, classes sociais, orientações de gênero etc.
O que é, aliás, vedado pela Constituição e por lei. E mais: este tipo de preconceito nunca teve acolhida no povo brasileiro e, portanto, seria uma ilação desonesta acusar alguém que postula o voto popular adotar comportamento consensualmente considerado aético, amoral, ilegal e indigno.
Ou o uso desleal de palavras pronunciadas em outro contexto, geralmente em meio a um debate ou discussão. Quem nunca foi infeliz numa colocação?
Um dos candidatos no primeiro turno, homem inteligente e preparado, apareceu muito usando palavras de baixo calão, aos gritos, em episódios do passado, nestas gravações que hoje todo mundo faz.
Mas teria sido melhor mostrar o que possa ter feito de errado quando ocupou cargo no Executivo. Ele pode falar palavrão e ter sido bom gestor. Mas mostrou falta de equilíbrio para a alta função que postulava.
Outro ponto que deveria ter merecido a atenção de todos foi o surgimento durante a campanha de manifestações do Judiciário, do Ministério Publico, dos tribunais de Contas, da Polícia Federal ou das estaduais envolvendo o nome de candidatos.
Ora, houve tempo para isso e agora soa como atitude de cunho eleitoral. Depois do registro de candidaturas, novas ocorrências deveriam ter sido suspensas. Afinal, no país da morosidade judicial, não seriam 40 dias a fazer diferença maior.
São observações que ocorrem a um veterano repórter político.
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