8 em cada 10 famílias paulistanas têm dívidas no cartão de crédito

Pesquisa da FecomercioSP aponta para a deterioração das condições econômicas dessas famílias, que se endividam para consumir itens básicos, como alimentos

Estadão Conteúdo
10/Mai/2021
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8 em cada 10 famílias paulistanas têm dívidas no cartão de crédito

Diante da crise nacional, as famílias na cidade de São Paulo recorrem cada vez mais, ao cartão para manter o consumo, aponta a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da FecomercioSP. 

Pelo levantamento da federação, atualmente 78,9%, ou oito em cada dez famílias, possuem alguma dívida deste tipo. A taxa é muito próxima ao recorde histórico de 79,7%, registrado em junho de 2012. O dado também é o maior número de lares endividados no cartão de crédito na capital desde novembro de 2019, quando ficou em 75,5%.

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Na avaliação da FecomercioSP, os índices apontam para uma deterioração das condições econômicas das famílias paulistanas, que encontram em dívidas as poucas saídas que restam para consumir, principalmente itens básicos, como alimentos. De acordo com a pesquisa, o percentual de lares endividados ficou em 61,7% em abril.

Em números absolutos, hoje há 2.452 milhões de pessoas com dívidas na capital paulista. Apesar disso, ainda que a crise permaneça, a quantidade de lares com contas atrasada (18,8%), e daqueles que não têm condições de pagá-las permanecem estáveis (8,3%). Em março, os índices eram de 18,4% e de 8,4%, respectivamente.

Para a FecomercioSP, os consumidores devem priorizar o controle de suas despesas no contexto atual, em especial do cartão de crédito, pois juros, multas e taxas significam perda de dinheiro que poderia ser usado para consumir.

CONSUMO

Em meio às fases mais restritivas do Plano São Paulo, entre março e abril, além dos problemas econômicos, os consumidores da cidade de São Paulo ficaram ainda mais inseguros em ir às compras.

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu 4,2% em abril, dos 73 pontos, no mês anterior, para 69,9 pontos agora. O indicador vinha crescendo desde agosto de 2020, apesar de cair 0,8 ponto porcentual entre fevereiro e março. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), ainda, registrou uma queda mais brusca, de 7%, em relação a março, e 6,3%, na comparação com abril de 2020.O indicador está nos 112 pontos agora.

O Índice de Expectativas do Consumidor, por sua vez, retraiu 6,7%, saindo dos 141,6 pontos para 132,1. No entanto, ao contrário dos outros indicadores, este subiu significativamente (7,5%) comparado a igual mês de 2020.

Na análise da FecomercioSP, os consumidores devem manter cautela no curto prazo, já que a reabertura das atividades em São Paulo seguirá lenta, assim como o ritmo da vacinação no município. Para os empresários, a orientação é continuar com estratégias de vendas como promoções, e tipos mais flexíveis de pagamento. 

 

IMAGEM: Thinkstock

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