Já o movimento da Bolsa foi positivo, registrou alta de 2,29%, fechando a quarta-feira, 22/08, com 76.902 pontos
| Agência de notícias da Empresa Brasileira de Comunicação.
Pelo sexto pregão consecutivo, o dólar fechou nesta quarta-feira (22/08) em alta no valor de R$ 4,0559 na venda, maior nível desde 16 de fevereiro passado.
Ontem (21), a moeda norte-americana encerrou o dia ultrapassando os R$ 4, pela primeira vez desde fevereiro de 2016.
Para analistas econômicos, o mercado financeiro reage às incertezas do cenário político e às indicações de aumento dos juros pelo Banco Central dos Estados Unidos, influenciando um movimento no fluxo de capital nas demais bolsas de valores.
O Banco Central brasileiro segue com a política tradicional de swaps cambiais, sem leilões extraordinários de venda futura do dólar, medida adotada nos meses passados para conter a alta da moeda.
O sexto pregão seguido em alta representa um aumento acumulado de 4,89% da moeda norte-americana.
TURISTA
Além do dólar, outras moedas têm se fortalecido frente ao real. É o caso do euro, que teve uma alta de 6,71% só este mês. Nessa terça-feira, 21, a moeda subiu 2,96% em relação ao real.
A enfermeira Tatiane Costa conta que sofreu com a valorização da moeda. Ela embarca hoje para Florença, na Itália, onde vai fazer um curso de idiomas. "Decidi a viagem há cerca de 20 dias. Mas o prejuízo vai ser grande. Na semana passada, a moeda estava cerca de 13 centavos mais barata", afirma.
Na casa de câmbio em que Tatiane fez parte de sua compra, em um shopping da zona oeste de São Paulo, o euro era vendido a R$ 4,90, por volta das 15h30.
Mas nem todos se queixam da alta das moedas estrangeiras. Os produtores musicais e sócios Pedro Vinci e Fernando Rischbieter receberam em dólar por um trabalho feito no início do ano. "Quando combinamos o valor, a cotação do dólar estava R$ 3,80. Com a moeda a R$ 4, ganhamos um pouco mais."
BOLSA
O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou o pregão de hoje descolado da alta do dólar ficando em alta de 2,29%, com 76.902 pontos.
A recuperação da Bovespa foi alavancada pela valorização das ações das principais empresas, como os papéis da Petrobras, encerrando com alta de 3,56%; a Vale, com valorização de 3,03%; o Bradesco, subindo 2,46%; e Itaú, com aumento de 2,38%.
*com Estadão Conteúdo
IMAGEM: Thinkstock
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