BNDES terá R$ 1,5 bilhão para investimento em infraestrutura
Parte dos recursos para o fundo de crédito virá do BID. A ideia é estimular projetos que melhorem a circulação, o transporte público, o fornecimento de água e saneamento, entre outros
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciaram nesta quarta-feira, 30/05, a criação de um fundo de crédito em infraestrutura, que receberá o nome de B2 Infra.
O anúncio do fundo conjunto foi feito durante o Fórum de Investimentos Brasil 2018, na capital paulista.
Segundo Dyogo Oliveira, presidente do BNDES, o fundo deve levar 120 dias para estar em pleno funcionamento, mas as etapas iniciais já estão em andamento.
O capital do fundo, segundo ele, será de US$ 1,5 bilhão, sendo que 30% dos recursos serão do BNDES e 10% do BID Invest, braço do grupo BID. O restante será captado junto ao setor privado.
Este fundo é parte de uma nova política de participação do BNDES em fundos de investimento de infraestrutura e de crédito para pequenas e médias empresas, que foi anunciado no evento Fórum de Investimentos Brasil.
O gestor do fundo será selecionado em 60 dias por meio de uma chamada pública. Depois serão precisos mais 60 dias para que comecem as captações no mercado e ele entre em sua fase operacional.
O foco do fundo serão os projetos de transporte, energia, água e saneamento e infraestrutura social, tais como saúde e educação.
O formato de funcionamento do fundo é por meio de instrumento de dívida. “Ele vai comprar instrumentos de dívida dos projetos, como debêntures e recebíveis, e esses projetos passarão por um forte processo de seleção e adequação sócio-ambiental”, disse Oliveira.
“Estamos colocando uma semente para atrair recursos do poder privado”, enfatizou Luis Alberto Moreno, presidente do BID.
“Serão projetos de grande impacto social e econômico e que melhorem a circulação, o transporte público, o fornecimento de água e saneamento; são projetos que venham a impactar na qualidade de vida das pessoas”, disse o presidente do BNDES.
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