Economia
PIB avança 0,8% no terceiro trimestre, aponta IBGE

Apesar de a agropecuária ter apresentado o maior crescimento, foram os serviços que mais influenciaram a taxa, já que têm maior peso no PIB
Por Agência Brasil 30 de Novembro de 2018 às 10:03 | Agência de notícias da Empresa Brasileira de Comunicação.
O Produto Interno Bruto (PIB) –soma de todos os bens e serviços produzidos no país – cresceu 0,8% na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2018, na série com ajuste sazonal. Em relação ao terceiro trimestre de 2017, o crescimento foi de 1,3%.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam que no resultado acumulado nos quatro trimestres terminados em setembro (3º trimestre do ano), o PIB subiu 1,4% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.
Já no acumulado do ano, o PIB cresceu 1,1%, em relação a igual período de 2017. Em valores correntes, o PIB no terceiro trimestre de 2018 alcançou R$ 1,716 trilhão, sendo R$ 1,464 trilhão do valor adicionado a preços básicos e R$ 252,2 bilhões dos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. A taxa de investimento foi de 16,9% e a taxa de poupança foi de 14,9%.
Os dados das Contas Trimestrais, divulgados hoje pelo IBGE, indicam altas de 0,7% na agropecuária, 0,5% nos serviços e 0,4% na indústria.
Nas demais comparações, as variações foram de 1,3% em relação ao mesmo período de 2017, 1,4% no acumulado em quatro trimestres e 1,1% no acumulado de janeiro a outubro de 2018.
“Apesar de a agropecuária ter apresentado o maior crescimento, foram os serviços que mais influenciaram a taxa, já que são o setor de maior peso no PIB”, explicou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
O PIB do terceiro trimestre mostrou avanço de 10,2% nas importações em relação ao trimestre imediatamente anterior, melhor desempenho desde o segundo trimestre de 2016, quando o avanço foi de 10,6% em relação aos três primeiros meses daquele ano.
Pela ótica da oferta, o PIB de serviços, com alta de 0,5% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre de 2018, teve o maior desempenho desde o segundo trimestre de 2017, quando a alta foi de 0,9% em relação aos três primeiros meses do ano passado.
Já o PIB da indústria, que cresceu 0,4% ante o segundo trimestre de 2018, teve o melhor desempenho desde o quarto trimestre de 2017, quando a alta foi de 1,1% sobre o terceiro trimestre do ano passado.
Ainda assim, na contramão do PIB industrial, a indústria de eletricidade teve queda de 1,1% na atividade do terceiro trimestre, na comparação com o segundo trimestre de 2018. Foi o pior desempenho na comparação com trimestres imediatamente anteriores desde o primeiro trimestre de 2015, quando houve queda de 2,1%.
Consumo das famílias
O consumo das famílias subiu 0,6% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre deste ano. Na comparação com o terceiro trimestre de 2017, o consumo das famílias mostrou alta de 1,4%.
Consumo do governo
O consumo do governo, por sua vez, subiu 0,3% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre deste ano. Já na comparação com o terceiro trimestre de 2017, o consumo do governo mostrou alta/queda de 0,3%.
Taxa de poupança
A taxa de poupança da economia brasileira ficou em 14,9% no terceiro trimestre de 2018, informou o IBGE. Já a taxa de investimento ficou em 16,9% no período, segundo o IBGE.
Exportações
As exportações contabilizadas no PIB cresceram 6,7% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre deste ano.
Na comparação com o terceiro trimestre de 2017, as exportações mostraram alta de 2,6%.
As importações contabilizadas no PIB, por sua vez, avançaram 10,2% no período no confronto com o segundo trimestre deste ano. Já na comparação com o terceiro trimestre de 2017, as importações subiram 13,5%.
A contabilidade das exportações e importações no PIB é diferente da realizada para a elaboração da balança comercial. No PIB, entram bens e serviços, e as variações porcentuais divulgadas dizem respeito ao volume. Já na balança comercial, entram somente bens, e o registro é feito em valores, com grande influência dos preços.
Necessidade de financiamento
O Brasil aumentou sua necessidade de financiamento, de R$ 15,0 bilhões no terceiro trimestre de 2017 para R$ 25,3 bilhões no terceiro trimestre de 2018.
O saldo externo de bens e serviços diminuiu em 10,5 bilhões, encolhendo de R$ 15,0 bilhões no terceiro trimestre de 2017 para R$ 4,6 bilhões no terceiro trimestre de 2018.
*Com Estadão Conteúdo