Registros de inadimplentes crescem 7,5% entre abril e maio, diz Boa Vista
No ano a alta chega a 12,4% e a tendência, de acordo com o birô de crédito, é que os registros continuem crescendo nos próximos meses
Os registros de inadimplentes no banco de dados da Boa Vista cresceram pela quarta vez consecutiva na comparação mensal. A alta na passagem de abril para maio foi significativa, de 7,5%. Na comparação entre o trimestre móvel terminado em maio e o trimestre terminado em fevereiro a elevação também é expressiva, de 12,1%.
Na comparação com maio do ano passado, o indicador subiu 12,7% e acumula alta de 12,4% no ano. Na análise de longo prazo, medida pela variação acumulada em 12 meses, a curva se manteve numa trajetória de crescimento acelerado, passando de 6,2% em abril para 7,3% em maio.
“Essa tendência de crescimento já era esperada desde o final do ano passado e vale ressaltar que esse ritmo de crescimento poderia até ser maior se não fosse a melhora recente observada nos números do mercado de trabalho, algo que havia sido colocado em xeque quando do início da guerra entre Rússia e Ucrânia”, informa a Boa Vista.
Para os próximos meses, segundo o birô de crédito, a expectativa é de que o número de registros continue subindo e que o crescimento acumulado em 12 meses alcance níveis ainda mais altos.
RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO
O Indicador de Recuperação de Crédito subiu levemente na comparação interanual, 0,7%, o que contribui para desacelerar o crescimento do resultado acumulado no ano de 12,0% até abril para 9,7% com os dados de maio.
Por outro lado, na variação acumulada em 12 meses, o crescimento passou de 4,9% em abril para 5,2% na leitura atual.
O destaque ficou para a queda de 5,6% na comparação mensal. “Até então, os números positivos da recuperação refletiam, ao menos parcialmente, a alta no número de registros. Agora, livrar-se das restrições de crédito parece ter ficado mais difícil para o consumidor”, diz a Boa Vista.
Juntando a dificuldade em quitar as contas vencidas com a expetativa de elevação no número de registros, a taxa de inadimplência das famílias tende a continuar subindo.
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