Produção industrial recua 0,6% em novembro na variação mensal, diz IBGE

Houve perdas em 19 dos 25 ramos industriais pesquisados. As principais influências negativas foram veículos automotores (-11,5%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,5%)

Redação DC
08/Jan/2025
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Produção industrial recua 0,6% em novembro na variação mensal, diz IBGE

*com informações do Estadão Conteúdo

A produção industrial caiu 0,6% em novembro, na comparação com outubro, na série com ajuste sazonal, divulgou nesta quarta-feira, 8/1, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a novembro de 2023, a produção subiu 1,7%.  No acumulado do ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior, a indústria teve uma alta de 3,2%. Em 12 meses, a produção acumulou elevação de 3,0%.

"A queda de 0,6% é o pior resultado para novembro desde 2019, quando havia recuado 2,3%", apontou o gerente da pesquisa do IBGE, André Macedo. Na passagem de setembro para outubro, a produção já tinha diminuído 0,2%. "A indústria intensifica o resultado negativo já observado no mês anterior. O que tem de diferente é o perfil disseminado de taxas negativas na margem da série", completou.

Na passagem de outubro para novembro, as quatro grandes categorias econômicas mostraram redução na produção. "A própria indústria de transformação mostra uma perda mais intensa do que vinha mostrando nos meses anteriores, com a maior parte dos segmentos industriais no negativo."

A indústria de transformação registrou queda de 1,0% em novembro ante outubro. Já as indústrias extrativas cresceram 0,1%. Na comparação com novembro de 2023, a produção da indústria de transformação cresceu 2,9% em novembro de 2024, enquanto as extrativas encolheram 4,4%.

Na variação mensal, houve perdas em 19 dos 25 ramos industriais pesquisados. As principais influências negativas partiram de veículos automotores (-11,5%, após ganho acumulado de 12,7% nos dois meses anteriores) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,5%, acumulando redução de 6,9% em dois meses seguidos de quedas na produção).

Outras quedas relevantes ocorreram em produtos alimentícios (-1,2%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-8,5%), produtos químicos (-2,1%), celulose, papel e produtos de papel (-3,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,4%), artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-6,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,8%), produtos do fumo (-16,3%), bebidas (-2,7%) e móveis (-5,7%).

Na direção oposta, entre as seis atividades com avanços, o principal impacto positivo foi de máquinas e equipamentos, com alta de 2,3%, acumulando um ganho de 5,8% em dois meses seguidos de crescimento.

Na comparação com novembro de 2023, o avanço de 1,7% na indústria brasileira foi resultado de uma expansão na produção de 18 dos 25 ramos investigados. "Vale citar que novembro de 2024 (19 dias) teve 1 dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (20)", ressaltou o IBGE.

DIFUSÃO

O índice de difusão, que mostra a proporção de produtos com avanço na produção em relação ao mesmo mês do ano anterior, passou de 68,1% em outubro para 59,2% em novembro.

Pelo sexto mês consecutivo, houve uma maioria de produtos com crescimento na produção em relação a igual mês do ano anterior, observou André Macedo.

PICOS

A indústria brasileira operava em novembro 15,1% aquém do pico alcançado em maio de 2011. Na categoria de bens de capital, a produção está 26,9% abaixo do pico registrado em abril de 2013, enquanto os bens de consumo duráveis operam 29,9% abaixo do ápice de março de 2011. Os bens intermediários estão 12,9% aquém do auge de julho de 2008, e os bens semiduráveis e não duráveis operam em nível 14,1% inferior ao pico de junho de 2013.

 

IMAGEM: Freepik

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