Metade dos pequenos negócios opera em espaços alugados, diz Sebrae
A maioria desses empresários teve reajuste nos contratos de locação nos últimos 12 meses, mas desconhece como as correções são feitas
Metade dos pequenos negócios do país funciona em espaços alugados, segundo levantamento do Sebrae em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Desse montante de locatários, mais de 60% tiveram reajustes para cima no aluguel nos últimos 12 meses.
O estudo mostra ainda que a maioria desses empresários não tem ideia dos critérios usados para o reajuste dos contratos de locação. Segundo o Sebrae, 61% dos pequenos empresários que tiveram reajustes nos contratos ignoravam o índice aplicado ou citaram um indicador diferente do IPCA ou IGP-M, que balizam o valor dos alugueis.
Para Carlos Melles, presidente do Sebrae, esse desconhecimento por parte dos empresários é indicativo de uma baixa cidadania financeira. “O empreendedor precisa aprender a argumentar e negociar com seus fornecedores e com os proprietários dos imóveis que ocupa a fim de buscar condições mais favoráveis à manutenção do próprio negócio”, argumenta.
Segundo o Sebrae, o aluguel é o terceiro item que mais pressiona o custo dos pequenos negócios, perdendo apenas para o preço dos insumos e do combustível. Os segmentos nos quais o valor do aluguel causa maior impacto são academias, beleza, saúde e educação.
No caso dos microempreendedores individuais (MEI), o percentual que opera em espaços alugados é inferior (40%). Na avaliação de Melles, esse perfil de empreendedor busca reduzir ao máximo os seus custos de produção, por isso a maior parte opte por um modelo de negócio que dispensa o custo de aluguel.