Marília é exceção em meio à crise do varejo paulista

As vendas na cidade do interior paulista foram positivas no primeiro semestre, o único bom resultado encontrado em levantamento feito pela ACSP

Redação DC
26/Ago/2016
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Marília é exceção em meio à crise do varejo paulista

O varejo paulista atravessa um momento complicado. As vendas estão fracas em praticamente todo o Estado de acordo com levantamento realizado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). 

Das 17 macrorregiões pesquisadas pela entidade, apenas uma, que abrange Marilia e seu entorno, obteve um desempenho positivo no acumulado do primeiro semestre. As vendas nessa região cresceram 1,3% no período. 

Os comerciantes de Marília dizem que o resultado positivo é uma resposta às campanhas promovidas pelo varejo para estimular as vendas locais. “O resultado indica que estamos no caminho certo e que há sinais de que as vendas estão acontecendo. Somente assim vamos sair deste clima ruim para a economia em geral”, diz Libânio Victor Nunes de Oliveira, presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília.  

Mas Marília está isolada em meio a resultados negativos. As vendas no Estado de São Paulo acumulam uma queda de 6,4% no primeiro semestre. Na cidade de São Paulo, a retração é ainda maior, de 7,1%.

Os dados consideram o chamado varejo ampliado,  que engloba também as vendas de automóveis e materiais de construção.  

Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), diz que a contração, além de atingir praticamente todas as regiões, afeta também todos os setores, até mesmo aqueles vinculados ao consumo mais essencial, como supermercados e farmácias. 

“Os dados do primeiro semestre do ano continuam a refletir a aguda crise que atinge o varejo paulista, relativamente mais intensa do que no resto do Brasil devido ao enfraquecimento da indústria”, diz Burti, que enxerga uma modesta recuperação nos indicadores, que mostram diminuição no ritmo das quedas.  

“A crise do varejo paulista, assim como a que aflige todo o País, se explica pelas quedas da renda, do crédito e do emprego, mantendo a confiança do consumidor em níveis reduzidos e diminuindo a disposição para comprar”, diz  o presidente da ACSP.

SETORES

Em junho houve contrações no volume de vendas dos nove segmentos analisados no varejo ampliado do Estado, sendo que as mais acentuadas foram de lojas de móveis e decorações (-22,6%), concessionárias de veículos (-22%) e lojas de material de construção (-15,2%). 

 

 

IMAGEM: Thinkstock

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