Marcelo Odebrecht é condenado a 19 anos e 4 meses de prisão
Executivo foi condenado na Operação Lava Jato por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa

O empresário Marcelo Odebrecht, da Odebrecht – maior empreiteira do país com um faturamento de R$ 125 bilhões em 2015 –, foi condenado a 19 anos e 4 meses de prisão em regime fechado nesta terça-feira (04/03).
O executivo já está preso desde 19 de junho de 2015, quando foi iniciada a 14ª fase da Lava Jato, a Operação Erga Omnes.
Odebrecht deverá cumprir pena por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Foram sentenciados com a mesma pena e pelos mesmos crimes, no processo, os executivos Márcio Faria e Rogério Araújo, ex-diretores da Odebrecht.
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Também foram condenados os executivos César Ramos Rocha e Alexandrino Alencar, ligados à Odebrecht, os ex-funcionários da Petrobrás Renato Duque, Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco e o doleiro Alberto Youssef. Como fizeram delação premiada, as penas dos três últimos foram suspensas.
“Considerando a gravidade em concreto dos crimes em questão e que os condenados estavam envolvido na prática habitual, sistemática e profissional de crimes contra a Petrobrás e de lavagem de dinheiro, fica mantida a prisão cautelar vigente contra Marcelo Bahia Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, Márcio Faria da Silva e Rogério Santos de Araújo”, determinou o juiz federal Sérgio Moro.
A EMPRESA
Ainda que a condenação tenha sido ao executivo e não envolva a empresa diretamente, Moro faz uma clara recomendação à companhia em sua sentença.
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“Considerando as provas do envolvimento da empresa na prática de crimes, recomendo à empresa que busque acertar sua situação junto aos órgãos competentes, Ministério Público Federal, CADE, Petrobrás e Controladoria Geral da União. ... Como consignei anteriormente, o Grupo Odebrecht, por sua dimensão, tem uma responsabilidade política e social relevante e não pode fugir a elas, sendo necessário, como primeiro passo para superar o esquema criminoso e recuperar a sua reputação, assumir a responsabilidade por suas faltas pretéritas. É pior para a reputação da empresa tentar encobrir a sua responsabilidade do que assumila.
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