Inflação em janeiro atinge 1,27%
O que mais pesou para a alta do IPCA foram os grupos alimentação e bebidas, que variou 2,28%, e transportes (1,77%). É a inflação mais elevada no mês desde janeiro de 2003
A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), teve variação de 1,27% em janeiro de 2016, divulgou hoje (5/2) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
A taxa do primeiro mês do ano representa uma aceleração da inflação em relação a dezembro, quando atingiu 0,96%.
A inflação em 2016 começou o ano mais alta do que em 2015, quando registrou variação de 1,24% em janeiro.
Em 12 meses, a inflação acumula uma variação de 10,71% – patamar superior ao que foi verificado no fim de 2015, quando registrou 10,67%. A variação é superior ao teto da meta do governo federal, de 6,5%.
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A inflação registrada em janeiro foi a mais alta para um início do ano desde 2003, quando o IPCA teve uma variação de 2,25%. A inflação acumulada de 10,71% também é a mais elevada desde 2003, ano em que o indicador chegou a 11,02% no período de 12 meses, encerrado em novembro.
As maiores contribuições para a alta do IPCA partiram dos grupos alimentação e bebidas, que variou 2,28%, e transportes (1,77%). A alta de preços dos alimentos foi a maior desde dezembro de 2002, quando subiu 2,28%. O grupo acumula em 12 meses crescimento maior que o IPCA, com alta de 12,90%.
A alta dos alimentos foi de 2,89% nos consumidos em casa e de 1,12% na alimentação fora de casa. Os itens com variações mais expressivas foram a cenoura (32,64%), o tomate (27,27%) e a cebola (22,05%). Em 12 meses, a cebola acumula alta de 79,59%.
INFLAÇÃO DA CONSTRUÇÃO
O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), considerado a inflação da construção, teve variação de 0,55% em janeiro, maior que a de dezembro, de 0,06%. Os dados foram divulgados hoje (5/2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Também subiu a taxa acumulada em 12 meses, de 5,5% para 5,86%. Em janeiro do ano passado o índice variou 0,21%.
O custo de construção do metro quadrado no país chegou a R$ 968,70, sendo a maior parte relativa a materiais, com R$ 518,13. A mão de obra responde por R$ 450,57.
Em 12 meses, a inflação dos materiais acumula 3,99% e a da mão de obra, 8,08%.
A maior inflação foi registrada na região Norte do país, com 1,08%, e a menor, no Sudeste, com 0,28%. O Sudeste, no entanto, ainda tem o maior custo da construção por metro quadrado: R$ 1.004,39. No Nordeste, o custo é R$ 899,55.
O estado do país em que é mais caro construir é o Rio de Janeiro, onde o metro quadrado está estimado em R$ 1.083,26. Sergipe fica na outra ponta, com estimativa de R$ 875,09 o metro quadrado.
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