Glossário do empreendedor: o que é Beacon

Pequeno dispositivo de geolocalização interna pode “conversar” com o smartphone dos clientes na loja para enviar promoções, exibir informações técnicas e coletar dados de consumo

Italo Rufino
08/Abr/2021
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Glossário do empreendedor: o que é Beacon

A cena é a seguinte: você está no shopping com a sua família almoçando num domingo à tarde. De repente, recebe uma notificação em seu smartphone. Um lembrete por meio do aplicativo do shopping sobre a estreia de um filme – que você já tinha pesquisado anteriormente no Google.

Além disso, você consegue visualizar outros filmes em cartaz, os horários das sessões, os preços e a disponibilidade de poltronas. Caso compre na hora, ganhará 10% de desconto no combo de pipoca e refrigerante.

Então, com poucos cliques, você adquire os ingressos para a próxima exibição – tudo sem sair do lugar, enquanto continua saboreando seu prato.

Falando em cinema, a situação descrita acima parece mesmo coisa de filme futurista. Mas a tecnologia para isso já existe. 

Tudo tem início com pequenos aparelhos instalados em lojas de diversos portes e segmentos. São os Beacons, dispositivos de geolocalização para locais fechados, que podem ser fixados em vitrines, corredores de shopping, comércios, restaurantes, estacionamentos e em estruturas de eventos.

Com um canal aberto, há infinitas possibilidades, desde disparo de anúncios até a captação de dados de consumo. A sacada é que os Beacons “conversam” com os smartphones dos consumidores por meio de sinais via Bluetooth.

De acordo com um estudo da consultoria de inteligência de mercado ABI Research, até 2021, a previsão é que sejam instalados mais 500 milhões de Beacons em pontos comerciais.

Nos últimos anos, Beacons têm sido instalados em lojas do Walmart nos Estados Unidos. A tecnologia possui integração com o aplicativo da rede.

A finalidade é enviar notificações personalizadas para os clientes, de acordo com seus hábitos de pesquisa e compra on-line.

Quando o cliente passa próximo a uma prateleira de um produto que possa ser de seu interesse, instantaneamente ele recebe um anúncio promocional.

A rede americana Target tem um projeto utilizando Beacons. Os dispositivos têm sido instalados para mostrar no aplicativo da marca a planta das lojas.

A funcionalidade é parecida com a do Google Maps. Assim, é possível saber a disposição e a disponibilidade das mercadorias nos estabelecimentos e quais estão em promoção.

COLETA DE DADOS

Os Beacons são um elemento do mundo da Internet das Coisas (IoT), produtos, como máquinas e veículos, dotados de sensores e softwares e com conexão à internet.

No varejo, o IoT tem sido utilizado como poderosa ferramenta em lojas omnichannel, conceito que determina a integração dos canais de venda, equiparando atendimento, preço e estoque no comércio eletrônico e nas lojas físicas.

A IoT permite coletar, armazenar e cruzar dados gerados automaticamente pelos equipamentos e disponibilizados na nuvem, que podem ser monitorados e controlados por aplicativos móveis.

Neste cenário de revolução tecnológica, os Beacons podem ser usados para gerar métricas.

Por meio da tecnologia, é possível saber quantos clientes entraram na loja, quais corredores percorreram, quanto tempo ficou na frente de cada gôndola, o fluxo das filas do caixa, entre outros.

Se o consumidor tiver cadastro no aplicativo da marca, é possível cruzar os dados de sua movimentação dentro do estabelecimento com seus hábitos e frequência de consumo.

Com todos os dados, a equipe de vendas pode realizar um atendimento personalizado, como acessar a ficha do cliente e oferecer os produtos que ele tem mais chances de comprar.

Ao mesmo tempo, as métricas podem ser usadas pela equipe de marketing para ações estratégicas, como abertura de lojas, escolha de portifólio e serviços de entrega.

Criado nos Estados Unidos em 2013, com maior popularização a partir de 2015, os Beacons podem ser encontramos em empresas especializadas em soluções de IoT.

Na internet, é possível encontrar um iBeacon (fabricado pela Apple) por menos de R$ 100. No entanto, o custo pode aumentar, uma vez que, para oferecer uma experiência completa, é necessário ter uma rede de internet móvel, um aplicativo que permite a integração (próprio da marca ou de um parceiro, como da administradora de um shopping) e um painel de controle.

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IMAGENS: Thinkstock

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