Consumo nos lares tem alta de 2,29% no 1º semestre, diz Abras

Os supermercadistas informam que acompanham os preços do arroz em razão das enchentes no Rio Grande do Sul. O valor médio do produto caiu 3,52% de junho para julho e 0,06% de abril a julho

Redação DC
25/Jul/2024
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Consumo nos lares tem alta de 2,29% no 1º semestre, diz Abras

O consumo nos lares brasileiros teve alta de 0,31% em junho, na comparação com o mesmo período de 2023. Em relação ao mês imediatamente anterior, houve queda de 1,8%. No acumulado do ano até junho, a alta é de 2,29%. Os dados são da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

A Abras informou que o recuo do consumo em junho resulta do "expressivo e pontual aumento no volume de doações de alimentos e de itens de higiene e limpeza ao Estado do Rio Grande do Sul", além da alta sazonal que o mês já apresenta com o Dia das Mães.

Em relação ao ano, Marcio Milan, vice-presidente da Abras, diz que o resultado está dentro do previsto. “Encerramos o primeiro semestre com resultado positivo e em patamar próximo da estimativa do setor para o ano, de 2,50%."

Milan atribuiu o resultado positivo no ano à "empregabilidade no setor formal, ao aumento real da renda,  antecipação de recursos e outros montantes injetados na economia no período". Tais medidas, segundo ele, mantiveram o consumo em trajetória semelhante à registrada no ano anterior, quando houve dois reajustes do salário-mínimo no primeiro semestre.

Abrasmercado - A cesta de 35 produtos de largo consumo analisada pela Abras, a Abrasmercado, registrou alta acumulada de 1,47% nos 12 meses finalizados em junho. Na comparação com maio deste ano, o preço da cesta subiu 0,9%, de R$ 745,39 para R$ 752,11.

Para Milan, o destaque é a queda no preço das carnes, com baixa de 8,12% em 12 meses para cortes dianteiros e 5,65% nos cortes traseiros. Ovos também acumulam queda expressiva, de 8,09% em 12 meses.

A Abras afirmou que acompanha de perto o comportamento dos preços do arroz, em razão das enchentes no Rio Grande do Sul. Segundo a instituição, os níveis de estoques do produto operam dentro da normalidade. O monitoramento da entidade indica que o preço médio do arroz caiu 3,52% de junho para julho e 0,06% de abril a julho.

O preço máximo do alimento teve alta de 2,15% de abril a julho, com queda de 1,04% de junho para julho. Por outro lado, o preço mínimo sofreu alta de 8,65% de abril a julho, com queda de 6,08% de junho para julho. Marcio Milan afirmou que em julho havia 77 marcas de arroz no mercado, com diferentes preços.

 
IMAGEM: Paulo Pampolin/DC

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