Brasil vai trabalhar convergências, não diferenças com Trump, diz Itamaraty

Em sua primeira aparição no Salão Oval, em resposta à pergunta de jornalista, o presidente dos Estados Unidos disse que não precisa do Brasil ou da América Latina

Estadão Conteúdo
21/Jan/2025
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Brasil vai trabalhar convergências, não diferenças com Trump, diz Itamaraty
A secretária-geral do Ministério das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha, que comanda a pasta temporariamente enquanto o ministro Mauro Vieira está fora, disse nesta terça-feira, 21/1, que o Brasil vai analisar as declarações do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele tomou posse na segunda-feira, 20, e disse que os EUA não precisam do Brasil e da América Latina.
 
"O presidente Trump pode falar o que ele quiser, ele é presidente eleito nos Estados Unidos e nós vamos analisar cada passo das decisões que forem sendo tomadas pelo novo governo. Nós vamos procurar trabalhar não as nossas divergências, mas as nossas convergências, que são muitas", declarou ela.
 
ENTENDA
 
Durante seus primeiros minutos sentado à mesa do Salão Oval da Casa Branca para um segundo mandato, Trump afirmou que Brasil e América Latina precisam "mais dos EUA do que os EUA precisam deles" e questionou o envolvimento do Brasil em conversas de negociações entre Rússia e Ucrânia.
 
Ao ser interrogado sobre uma proposta apresentada por China e Brasil, no ano passado, para promover conversas de paz no leste europeu, Trump afirmou: "Isso é bom, é bom. Eu estou pronto", em resposta à jornalista brasileira Raquel Krahenbuhl, correspondente da TV Globo.
 
Segundos depois, ele questionou "Como o Brasil se envolve nisso? Isso é uma novidade", declarou o presidente, questionando se a repórter era brasileira. Ao receber a resposta positiva, disse: "Ah, é por isso que está envolvida, eu acho."
 
Quando questionado sobre sua perspectiva em relação às relações com a América Latina e, especificamente, com o Brasil, Trump respondeu: "Devem ser ótimas. Eles precisam de nós. Muito mais do que nós precisamos deles. Não precisamos deles. Eles precisam de nós. Todo mundo precisa de nós", disse o republicano, sem responder a pergunta da jornalista sobre se pretendia se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
 
 
IMAGEM: divulgação

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